Início » 4 motivos para Atlético e Cruzeiro acreditarem na classificação na Copa do Brasil
Cruzeiro e Atlético voltam a se enfrentar pelas quartas de final da Copa do Brasil nesta quinta-feira (11/9), às 19h30, no Mineirão, em Belo Horizonte. O cenário é favorável à Raposa, que abriu vantagem importante na ida. Entretanto, o Atlético não levantou a bandeira branca. A seguir, o No Ataque expõe quatro motivos que fazem ambas as equipes acreditarem na classificação.
Antes da chegada do técnico Leonardo Jardim, o Cruzeiro sofria defensivamente – havia sido vazado em todos os jogos. O próprio comandante reforçou a necessidade de aprimorar o sistema. Após alguns meses, o trabalho surtiu efeito. A média, que era de 1,14 tentos sofridos por partida, tornou-se 0,6 sob a liderança do português.
A campanha na Copa do Brasil escancara o atributo celeste. Em cinco partidas na competição, a Raposa ainda não sabe o que é testemunhar celebração adversária: 2 a 0 e 3 a 0 contra o Vila Nova, pela terceira fase; 0 a 0 e 2 a 0 com o CRB, pelas oitavas; 2 a 0 com o Atlético, pela ida das quartas de final.
Os cenários que classificam o Cruzeiro ainda no tempo regulamentar são: qualquer outro triunfo, empate e derrota por até um gol de diferença. Portanto, para que o Atlético avance sem a necessidade de pênaltis, tem de vencer a Raposa por três gols de distância. Para o alvinegro, a má notícia é o retrospecto celeste.
O Cruzeiro não perde por três gols de diferença há cinco meses, ou exatos 30 jogos. O último time a desbravar a defesa celeste dessa forma foi o Internacional. Em 6 de abril, no Beira Rio, em Porto Alegre, o Colorado derrotou a Raposa por 3 a 0, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
O fator casa tem sido grande aliado do Cruzeiro na temporada. Os celestes somam 22 jogos como mandante, sendo 13 vitórias, cinco empates e quatro derrotas. Os números configuram aproveitamento de 66,6%. Além de atuar no Mineirão, a Raposa mandou um jogo no Parque do Sabiá, em Uberlândia – vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, em 27 de abril, pela sexta rodada da Série A.
O impacto não tem relação apenas com o fato de jogar em um estádio conhecido. A relação com a torcida tem potencializado o desempenho dos celestes. Neste ano, a Raposa levou 797.373 torcedores aos estádios, com média de cerca de 36.244 pessoas por partida. Diante do Atlético, não será diferente. A nove dias do confronto, os cruzeirenses esgotaram os ingressos, e a expectativa é que o Mineirão seja ocupado por 61.584 adeptos, o que significará recorde de público do Gigante desde a reforma.
O encaixe da equipe é outro aspecto que dá confiança. Ainda na terceira rodada do Brasileiro, Leonardo Jardim encontrou uma base que lhe agradou e entregou resultados. O aproveitamento do time desde aquele jogo com o São Paulo desenha: 17 triunfos, sete empates e quatro tropeços, o que significa aproveitamento de 69%.
Nessa quarta-feira (10/9), o Cruzeiro ganhou boas notícias em relação ao elenco. O meio-campista Matheus Pereira e o atacante Wanderson, que eram tido como dúvidas devido a questões físicas, treinaram na Toca da Raposa 2 e devem jogar como titulares. Por outro lado, a presença do centroavante Kaio Jorge segue como incerta – ele lida com lesão muscular na coxa esquerda e não foi flagrado na última atividade.
É natural que trocas no comando técnico causem mudanças imediatas nos comportamentos das equipes, mas, no caso do Atlético, a mudança recente tende a ser ainda mais impactante. Isso porque o técnico argentino Jorge Sampaoli, de 65 anos, é mundialmente conhecido pelo alto nível de exigência que tem para com seus comandados.
A filosofia ofensiva de jogo do treinador também é outra razão para aumentar o otimismo dos torcedores alvinegros. Sampaoli faz o possível para que suas equipes dominem a posse de bola e criem muitas chances de gols em todas as partidas.
No recorte dos últimos três anos e meio, o Atlético venceu o Cruzeiro por dois gols de diferença no Mineirão em três oportunidades distintas – duas delas com as arquibancadas inteiramente tomadas por torcedores rivais, como ocorrerá no próximo encontro. É justamente esta a vantagem da qual o Galo precisa para levar a disputa da vaga aos pênaltis.
Todas estas vitórias alvinegras se deram em clássicos pelo Campeonato Mineiro. Primeiro em 2022 (3 a 1), na decisão em jogo único); depois em 2024 (3 a 1), no segundo jogo da final, e por fim em 2025 (2 a 0), ainda na primeira fase do Estadual.
O torcedor do Atlético guarda com carinho na memória duas ocasiões em que o time alvinegro reverteu vantagens depois de perder jogos de ida na Copa do Brasil, por 2 a 0. Ainda que ambas tenham sido decididas com o Galo na condição de mandante, as eliminatórias servem de inspiração otimista.
Na edição de 2014, que viria a terminar com título inédito do Atlético, o Galo despachou Corinthians e Flamengo nas quartas de finais e nas semifinais, nesta ordem. Em ambos os duelos, a equipe mineira goleou os compromissos de volta no Mineirão, por 4 a 1.
Hulk, por si só, é um motivo “à parte” para aumentar o otimismo alvinegro contra o Cruzeiro. Isso porque o paraibano soma nove gols em 13 clássicos disputados pelo Galo contra a Raposa – tendo feito do clube celeste sua maior vítima desde o retorno ao Brasil.
O atacante deve estar entre os titulares de Sampaoli para o confronto decisivo na Copa do Brasil. Mesmo distante do melhor nível técnico nos últimos meses, Hulk é sempre esperança de bola na rede para os torcedores do Atlético.
Gabigol, atacante do Cruzeiro (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro) Gabigol agitou a torcida do Cruzeiro nas redes sociais ao postar foto tanto no X quanto no Instagram segurando uma bandeira com a ...
Belo Horizonte, MG, 10 (AFI) – O lateral-direito Fagner permanece afastado do Cruzeiro após sofrer uma fratura na fíbula da perna direita, ficando fora de combate há mais de dez semanas. Enquanto ...
Jogadores titulares do Cruzeiro para duelo com Flamengo, pela 26ª rodada do Brasileiro (foto: Thaís Magalhães/Cruzeiro) A 26ª rodada do Campeonato Brasileiro chegou ao fim nesta quinta-feira ...