A dinastia continua: Cruzeiro bate Minas e conquista Mineiro de Vôlei pelo 16º ano seguido

A dinastia continua: Cruzeiro bate Minas e conquista Mineiro de Vôlei pelo 16º ano seguido

4 minutos 12/10/2025

A dinastia do Cruzeiro no estado de Minas Gerais chega ao seu 16º ano. Neste domingo (12/10), a Raposa efervesceu um Mineirinho cheio e com maioria absoluta de torcedores celestes para derrotar o arquirrival Minas por 3 sets a 0 (25/22, 25/19 e 25/23) e conquistar mais uma vez o título do Campeonato Mineiro Masculino de Vôlei.

O Cruzeiro dominou o Minas ao longo da maiore parte das parciais e conteve rapidamente todas as tentativas de reação do time de Guilherme Novaes para não dar aos rivais a chance de sequer vencer um set. Com a agressividade de costume no bloqueio e no saque, a Raposa contou com boas atuações de dois campeões olímpicos: o oposto Walace e o ponteiro Douglas Souza; que fizeram a diferença ofensiva para a equipe.

Esta é a 16ª vez seguida que o Cruzeiro ergue o troféu do Estadual. Em todas elas, a “vítima” na final foi o time da Rua da Bahia, que não conquista o torneio desde 2007.

Ainda assim, o Minas é o maior campeão da história do Mineiro Masculino de Võlei, com 20 títulos. Com o troféu da 57ª edição, no entanto, a Raposa encurtou a distância para o arquirrival – os vice-líderes do ranking agora somam 17 conquistas do Estadual, já que consideram a conquista de 2008, quando o projeto ainda não levava o nome do Cruzeiro, e sim de Betim.

A sequência de Cruzeiro e Minas na temporada

Os arquirrivais belo-horizontinos voltam a disputar um título no próximo domingo (19/10). Eles se enfrentam pela Supercopa do Brasil, o Ginásio Guarandizão, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

O torneio reúne o atual campeão da Superliga – Cruzeiro – e o atual campeão da Copa Brasil – Minas – em jogo único para abrir a temporada do vôlei nacional.

Depois, a Raposa ainda terá quatro torneios para defender o posto de atual campeão – o Mundial, que será em Belém, em dezembro; o Sul-Americano, a ser disputado no início do ano que vem; a Copa Brasil, que também será no início do ano que vem; e a Superliga, que começa no fim de outubro e vai até maio de 2026.

O Minas, por sua vez, disputará mais três torneios na temporada – a Copa Brasil, o Sul-Americano e a Superliga.

O jogo

Os técnicos Filipe Ferraz e Guilherme Novaes levaram o que tinham de melhor a quadra. O Cruzeiro foi escalado com Lucão, Otávio, Douglas Souza, Rodriguinho, Walace, Brasília e Alê, enquanto o Minas foi com Michel, Bertolini, Djalma, Léo Lukas, Abouba, Gustavo e Rodrginho.

O início da partida foi equilibrado, mas ainda antes da metade do set inicial o Cruzeiro despontou e abriu cinco pontos de vantagem – 11 a 6 – após belo ataque de largada de Walace. Impondo-se por meio de seu bloqueio agressivo, a Raposa ampliou o domínio, mas na reta final viu o Minas ensaiar reação após boa entrada do levantador iraniano Javad Karimi.

Com mais volume de jogo, o time da Rua da Bahia fez cinco pontos seguidos e encostou – 20 a 18 -, forçando dois pedidos de tempo seguidos de Filipe Ferraz. Após as pausas, os celestes se ajeitaram e voltaram a se impor na reta final – o Minas até conseguiu salvar o primeiro match point mas, no segundo, o Cruzeiro contou com a sorte ao ver passe de Rodriguinho encobrir a rede e cair dentro da quadra rival – 25 a 22.

O Cruzeiro começou o segundo set a todo vapor e logo abriu três pontos de vantagem – 6 a 3 -, marcando bem o oposto minas-tenista Samuel, que entrou na inversão na parcial anterior e permaneceu para esta. Javad tentou acionar mais os centrais para diversificar a distribuição, mas a Raposa continuava se impondo por meio da agressividade e chegou a aumentar a margem. O Minas, contudo, reequilibrou a disputa e empatou – 11 a 11.

Logo depois, a Raposa fez três pontos seguidos – dois deles de Douglas Souza – e voltou a abrir boa margem. Sem ceder, o Minas reagiu de novo e reequilibrou a disputa. Os cruzeirenses fizeram 19 a 18 após belo rali – com direito a bola salvada de Alê atropelando a placa de publicidade no fundo de quadra – e levantaram a torcida, mas o Minas virou com dois erros de Douglas e assumiu a frente do placar pela primeira vez – 20 a 19. Firme mentalmente, o Cruzeiro se recuperou graças a passagem maestral de Walace no saque. Foram seis pontos seguidos, cinco na passagem do campeão olímpico, que fez dois aces – um deles, o decisivo, que deu a vitória por 25 a 19.

O terceiro set não teve domínio tçao amplo do Cruzeiro mas, ainda assim, a Raposa esteve à frente ao longo de praticamente toda a parcial, o que forçava o Minas a errar mais e fazia os celestes jogarem mais tranquilos. Ofensivamente, Douglas fazia a diferença e comandava a atuação da equipe. a metade do set, a arbitragem considerou condução um toque-ataque de Léo Lukas, do Minas, e acirrou os ânimos entre os rivais na quadra e na torcida. Mas a Raposa logo tratou de voltar a se impor no jogo e fechar o set – e o campeonato – com vitória por 25 a 23.

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