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Salvador, BA, 29 (AFI) – O Bahia venceu o Palmeiras por 1 a 0 neste domingo, em duelo válido pela 25ª rodada do Brasileirão 2025, mas o que roubou a cena foi o estado do gramado da Fonte Nova. Relatório divulgado pela CBF destacou que o campo apresentava condições regulares e uso intenso de tinta para disfarçar as imperfeições, fato que virou o principal assunto do pós-jogo.
Antes mesmo da bola rolar, a coloração diferente do gramado já chamava atenção. O árbitro Anderson Daronco descreveu que o piso estava apenas regular para a prática do futebol, ressaltando o uso de tinta verde para mascarar as falhas. “Informo que o gramado do estádio Arena Fonte Nova não apresentava boas condições para a prática do futebol estando em estado regular. Relato também que o gramado apresentou praticamente em sua totalidade muita tinta na cor verde para cobrir suas imperfeições”, consta na súmula.
Em nota técnica, a administração do estádio informou que uma manutenção recente alterou a aparência da grama, mas garantiu que tração, compactação, resistência e umidade seguem dentro dos padrões. A empresa responsável pelo cuidado do campo reforçou que os principais indicadores técnicos permanecem adequados, prometendo que a cor tradicional será recuperada em breve.
Dentro das quatro linhas, o Bahia levou a melhor com um golaço de Ademir no segundo tempo, mas o gramado seguiu como pauta quente. No primeiro tempo, Lucas Evangelista e Piquerez deixaram o jogo com dores, e o Palmeiras apontou o estado do piso como um dos motivos, prometendo acionar a CBF para uma reclamação formal.
Após o apito final, o técnico do Bahia, Rogério Ceni, respondeu às críticas do comandante palmeirense, dizendo que as condições prejudicaram mais o time da casa pelo estilo de jogo. Ceni afirmou: “Acho que a cor estava muito feia. Para o Palmeiras, é melhor gramado ruim porque só fazem ligação direta, quase. A característica de jogo deles é Weverton-Flaco-Vitor Roque. A gente prejudica mais porque joga desde trás do chão. Também gostaríamos que o gramado tivesse em melhor condição, mas acho que atrapalhou mais para nós. Sobre lesão, me desculpa, mas para quem joga em gramado sintético reclamar de lesão em gramado natural, aí fica feio”.
O diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, rebateu: “Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos que o clube conquistou sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho desenvolvido. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e eu acho que ele deveria repensá-la”.
A manutenção do gramado segue em pauta, com promessa de melhorias na aparência, mas sem prejuízo aos padrões técnicos exigidos no Campeonato Brasileiro.
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