Bastidores do Cruzeiro têm lágrimas de emoção por avanço inédito: ‘Dia de ser cabulosa’

Bastidores do Cruzeiro têm lágrimas de emoção por avanço inédito: ‘Dia de ser cabulosa’

3 minutos 02/09/2025

Na lousa do vestiário, a principal instrução para o confronto decisivo: ‘Dia de ser cabulosa’. Aconteceu. O Cruzeiro, apesar de ter sido derrotado pelo Palmeiras por 2 a 1, contou com apoio massivo da torcida e vantagem construída no primeiro jogo para fazer história e avançar à final do Campeonato Brasileiro Feminino de forma inédita. Nos bastidores, lágrimas de emoção dão contorno ao feito.

O Cruzeiro chegou ao Independência, em Belo Horizonte, em cenário animador: recepção e rua de fumaça. O momento se transformou em festa quando as jogadoras desceram do ônibus e se juntaram à torcida antes de partir para o vestiário.

Na concentração, clima de descontração e confiança: música, dança futemesa. Minutos antes da partida, olhares sérios deram conta do vestiário. E o técnico Jonas Urias orientou: “Joga muito futebol, solta o talento”

“Dá para controlar, agora, o resultado do jogo? Não dá. O que dá para controlar? Desempenho. Foca no desempenho. Se jogar bem, a gente sai daqui com a classificação e com a Libertadores… Jogar bem é saber que tudo que planejou pode ser diferente, mas vocês estão preparadas para resolver”, prosseguiu o comandanate.

Como foi a partida?

O Cruzeiro entrou bem no gramado do Horto. Entretanto, caiu de desempenho quando sofreu um gol – anulado por impedimento. A partir dali, o Palmeiras tomou conta da partida. A pressão resultou em gol da zagueira Poliana, aos 47 minutos. Na beirada do gramado, a comissão técnica se reuniu para encontrar soluções.

Na volta, ainda abaixo, a Raposa encontrou uma bola, decisiva para o rumo da partida: aos 20 minutos, a atacante Marília deixou tudo igual. A zagueira Isa Haas chegou a virar, mas teve o tento anulado por impedimento. Aos 39, Amanda Gutierres, atacante do Verdão, recolocou o Palmeiras na frente. Mas não dava tempo para mais nada.

Choros de emoção

Quando a árbitra Rejane Caetano da Silva apitou o fim da partida, ninguém se segurou. Tamanha euforia fez com que as jogadoras corressem sem rumo, até se encontrarem nos abraços de alívio.

“O que eu estou sentindo hoje é fora do normal. Dia histórico. O time mereceu. É o time mais trabalhador que já trabalhei na minha vida. É o dia a dia, é o grupo, é a torcida, é o legado que a gente está construindo aqui e eles lá fora. Eu amo, eu amo ser Cruzeiro”, declarou a atacante Byanca Brasil.

“Muito feliz. Aliviada também um pouco, pelo momento que estava vivendo, mas, principalmente, muito feliz. O Cruzeiro merece, o torcedor merece, o grupo merece, o pessoal da diretoria, que acredita muito na gente, também merece. É fruto de um trabalho que vem de muitos anos. Graças a Deus pude estar aqui nesse momento especial… Por mais que não tenha valido, dentro de mim, precisava desse momento, para dar sequência e chegar à final”, disse Isa Haas.

Depois do Corinthians, na Supercopa, eu falei lá no vestiário que o que a gente faria esse ano seria extraordinário. Eu só quero falar isso: foi extraordinário o que vocês fizeram”. Vamos ter dois jogos da final, é uma nova história, novos 180 minutos, não é, Jonas?”, iniciou Bárbara Fonseca, diretora de futebol feminino.

“Para car****”, respondeu Jonas Urias. “Quem está aqui sente essa vibração, cada abraço que você deu e recebeu tem muita verdade por trás de tudo. Sente o que esse clube tá te trazendo. Sente que essa oportunidade de vida tá batendo na porta, abre… O que vocês vão viver aqui hoje, neste período, neste ano, vai ser histórico para sua vida. E você vai lembrar com muito amor e carinho. Parabéns demais. Vamos comemorar, porque a gente está na Libertadores da América e na final inédita do Brasileiro”, concluiu o treinador.

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