Botafogo: Textor abre o jogo sobre saída em massa do elenco e polêmicas com Lyon

Botafogo: Textor abre o jogo sobre saída em massa do elenco e polêmicas com Lyon

3 minutos 08/10/2025

Rio de Janeiro, RJ, 8 (AFI) – O Botafogo vive uma temporada complicada após conquistar o Brasileirão e a Libertadores em 2024. John Textor revelou que metade do elenco pediu para sair em 2025, em meio a críticas sobre sua gestão e a forte ligação com o Lyon.

O dirigente confirmou que muitos atletas buscavam oportunidades na Europa e que a parceria com o clube francês foi fundamental para trazer nomes de peso, como Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus.

Segundo Textor, “a maioria dos jogadores que contratamos para o Botafogo era identificada com a possibilidade de ter sucesso na Europa”.

Desde a compra do Lyon, em 2022, os clubes intensificaram a troca de informações e profissionais. As negociações passaram a ser frequentes, levando jogadores do Rio de Janeiro para a França. No entanto, desde abril, Textor não participa mais das decisões no Lyon, que enfrenta crise financeira e chegou a correr risco de queda.

BOTAFOGO E LYON

A situação financeira virou polêmica após o CEO do Botafogo afirmar que vendeu atletas em “condições desfavoráveis” para ajudar o Lyon. Textor confirmou a dívida:

“O fato é que o Lyon deve muito dinheiro ao Botafogo, mas o que não é falado é que o Botafogo também deve dinheiro a eles. Eu diria que, grosso modo, Eagle Bidco e Lyon devem algo perto de US$ 160 milhões (R$ 853 milhões) ao Botafogo. E o Botafogo, em valor líquido, deve algo perto de US$ 92 milhões (R$ 492 milhões) para eles”.

No campo, o Glorioso não repetiu o sucesso do ano passado. Dos titulares, restaram apenas Barboza, Vitinho, Bastos (lesionado) e Marlon Freitas. Textor reconheceu o momento difícil:

“Começamos o ano muito mal. Tivemos um treinador (Renato Paiva) com um ótimo sistema de jogo, mas acho que ele o abandonou. Estamos em quarto lugar (no Brasileirão). Estou feliz? Eu disse que seria um fracasso se não vencêssemos nada, então é um fracasso. É difícil remotivar o elenco. Olhe para o Fluminense, você ganha um título grande e todos querem sair. Ganhamos títulos e metade dos jogadores quis sair. É normal. Vá ter um novo desafio e ver a Europa. É difícil, não temos o sistema do Palmeiras com um treinador consistente e academia de base. Eu aceito as críticas, mas não aceito o extremismo”.

SAÍDA DE JOGADORES

Textor também abriu o jogo sobre a dificuldade em contratar novo treinador para a temporada. A troca de comando se arrastou após a saída de Artur Jorge, que foi para o Catar. Renato Paiva só chegou quase dois meses depois, após eliminação na Recopa Sul-Americana.

“A pressão este ano é ruim. Eu não tive um mês de relaxamento. Você ganha o Brasileirão e a Libertadores e dizem que a questão do treinador foi um planejamento ruim. Ninguém pode reclamar de perder um técnico (Artur Jorge) naquelas condições bizarras. Eu não queria falar para as pessoas naquela altura porque não contratamos ninguém. Falam que foi planejamento ruim, mas adivinhem! Ninguém aceitou o emprego. Não queria falar porque achava que iria fazer mal para a reputação do clube. É melhor que eu leve as críticas, já estou acostumado. Podem falar que foi planejamento, mas ninguém aceitou. Eu sou persuasivo, mas ninguém quis. Se você chegou ao topo, todo treinador sabe que o próximo ano geralmente não vai ser tão bom. Cinco, seis pessoas me recusaram. Talvez eu não tenha sido tão convincente, não foi planejamento”.

Além de Artur Jorge, nomes importantes como John, Gregore, Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus deixaram o clube. Reservas como Adryelson, Júnior Santos, Tchê Tchê e Danilo Barbosa também saíram, mostrando a grande reformulação no elenco para 2025.

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