Bracks reconhece que Atlético precisa de reforço em uma posição: ‘A gente vai suprir’

Bracks reconhece que Atlético precisa de reforço em uma posição: ‘A gente vai suprir’

4 minutos 03/10/2025

Chefe de esportes do Atlético, Paulo Bracks acredita que o elenco alvinegro tem carência de um centroavante. Ao abordar o tema, o dirigente ainda disse acreditar que o clube vai suprir esta lacuna contratando um reforço para a posição na próxima janela de transferências, ao fim do ano.

Neste momento, o Galo dispõe de sete jogadores no ataque: Hulk, Rony, Biel, Dudu, João Marcelo, Isaac e Cadu. No departamento médico do clube, outros três seguem em tratamento de lesões. São eles: Cuello, Júnior Santos e Caio Maia.

Durante as primeiras semanas de Sampaoli neste retorno ao Atlético, Hulk e Rony foram as figuras mais costumeiramente utilizadas no espaço mais avançado do setor ofensivo. Ainda assim, ambos não têm características de um centroavante tradicional – tal qual Deyverson, negociado pelo clube com o Fortaleza em março.

“Eu entendo que essa lacuna hoje a gente pode ter em outras posições como característica. De, por exemplo, um centroavante. Se você pegar no meu histórico de trabalho, pulando o América, sempre trabalhei com camisas noves. No Inter, Paolo Guerrero, Abel Hernández. Depois Wesley Moraes. O Yuri (Alberto) não era esse centroavantão. No Vasco, eu trago em um ano Pedro Raul e Pablo Vegetti. São dois centroavantes natos”, iniciou Bracks em entrevista à Rede 98, nesta sexta-feira (3/10).

“E se você puxar na história do Atlético, o Atlético sempre teve. Desde Reinaldo, desde Dadá, de Gerson, de Guilherme, do próprio Valdir, Renaldo… A gente sempre teve esse jogador que, historicamente, faz aquele gol dentro da área”, prosseguiu.

Bracks comenta saída de Deyverson e projeta chegada

O CSO do Atlético abordou, em seguida, a saída do centroavante Deyverson do elenco. Bracks também comentou sobre os jovens de boa projeção que estão à disposição – tanto no profissional como na base – e disse acreditar que, de maneira alinhada à comissão técnica de Sampaoli, haverá a contratação de um atleta da função para 2026.

“Mas que, na saída do Deyverson, a gente tem uma decisão coletiva de não trazer um jogador específico com essa função. Apesar que a gente traz o João Marcelo – que é um centroavante, um projeto de jogador. Um menino que ainda não tem muitos jogos no profissional. É o primeiro ano de profissional dele. Que a gente entende que é um centroavante”, analisou.

“Também resgatamos o Isaac, estamos trabalhando com o Cadu, que voltou agora, mas também joga aberto. Estamos de olho no Cauã Soares, da base. Trouxemos dois jogadores para o sub-20 que tem esse perfil mais forte, um veio do CRB. Acredito que essa posição é uma posição que a gente vai suprir a carência. Porque essa, se eu posso voltar no tempo, eu volto no tempo e tratoro ela para trazer esse jogador que eu sempre quis trazer e que poderia hoje ajudar a gente aqui”, completou.

E o primeiro volante? Bracks responde

Na concepção de diversos torcedores do Atlético, o elenco ainda carece de um primeiro volante de origem. Esta, no entanto, não é uma necessidade vista pelo departamento de futebol alvinegro – ao menos, foi o que indicou Paulo Bracks.

“A gente tem três primeiros volantes no elenco. Pode ser que a gente não tenha o primeiro volante que você goste, com a característica que você gosta e com a característica que o treinador anterior (Cuca) começou a pedir também a partir do meio do ano. Porque antes não. Ele sentiu ali a lacuna. E é natural. O Otávio no ano passado foi reserva do Fausto Vera, e o Fausto Vera está aqui. É um jogador que a gente entende que não tinha uma característica daquele volante mais agressivo sem bola, mas que tem outras características”, justificou.

Paulo Bracks, CSO do Atlético - (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)
Paulo Bracks, CSO do Atlético(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)

Segundo Bracks, o Galo avalia três atletas que estão à disposição no elenco como primeiros volantes: Alan Franco, Fausto Vera e Alexsander. O dirigente usou apresentação com o histórico de utilização por posição destes atletas no passado recente para justificar o raciocínio.

“Você hoje vê no time do Sampaoli: quem está jogando como volante? Alan Franco e Igor Gomes, que não é primeiro volante. É um meia. Então, isso tudo depende do modelo de jogo, depende de como o treinador joga, depende da forma que ele joga. Um mesmo jogador pode ocupar duas, três posições. O Gilberto Silva na fase de Seleção Brasileira em Arsenal-ING estava dentro da área fazendo o gol, e termina a carreira dele como zagueiro aqui no Atlético – inclusive campeão da Libertadores na zaga, ele e Rafael Marques na reserva”, explicou.

“Tudo isso faz parte de características do jogador. (…) Eu estou vendo essa discussão (sobre primeiro volante) e é natural, eu gosto de enfrentá-la. Os três volantes do elenco: Alan Franco, Fausto Vera e Alexsander. A gente tem três primeiros volantes. Talvez não tenha na característica de ser esse jogador agressivo sem bola”, encerrou.

  • Caio (lateral-esquerdo)
  • Rony (atacante)
  • Ivan Román (zagueiro)
  • João Marcelo (atacante)
  • Vitor Hugo (zagueiro)
  • Dudu (atacante)
  • Alexsander (meio-campista)
  • Reinier (meia-atacante)
  • Ruan Tressoldi (zagueiro)

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