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No último domingo (5/10), o lateral-direito Paulo Henrique recebeu, aos 29 anos de idade, a melhor notícia da carreira: a de que estava convocado por Carlo Ancelotti para defender a Seleção Brasileira. Mas como o atleta, que foi renegado no Atlético em 2023, deu volta por cima no Vasco e alcançou a condição de vestir a Amarelinha?
O No Ataque consultou Carlos Berbert, jornalista esportivo e torcedor do Vasco, para tentar responder ao questionamento. Em um primeiro momento, o comentarista relembrou o começo difícil enfrentado por PH no Cruzmaltino depois de acertar a saída do Galo por empréstimo.
“O começo dele no Vasco foi basicamente a mesma coisa que no Galo. Ele não tinha tanta oportunidade. O titular era o ‘Pumita’ (Rodríguez), que tinha sido contratado mesmo, comprado do Nacional, na época. Mas ele tinha muitos problemas defensivos. Com o Ramón Díaz até, o PH ainda estava escanteado, bastante escanteado. Não se falava tanto dele. Só que aí o Ramón, depois da metade do Campeonato Brasileiro, conseguiu aquela campanha espetacular, esplendorosa, que manteve o Vasco na Série A”, iniciou Berbert.
PH acabou sendo figura importante para o Vasco na reta final daquele Campeonato Brasileiro. O crescimento da equipe carioca na competição se deu concomitantemente à subida de produtividade do lateral-direito.
“Aí ele foi galgando o espaço dele. Meteu gol em clássico contra o Botafogo dentro de São Januário. Aquele golaço no Lucas Perri em que ele veio carregando pela direita, trouxe para dentro e finalizou de canhota. Ele foi o autor, por exemplo, do cruzamento para o gol do Serginho – fez um jogadaça individual, entortou o adversário do RB Bragantino, fez o cruzamento e o Serginho marcou aquele gol importantíssimo. Foi o herói improvável”, prosseguiu Berbert.
Titular absoluto do Vasco na última temporada e nesta, PH já soma seis gols e oito assistências representando a equipe carioca. A parceria entre as partes já teve 114 jogos.
Na concepção de Carlos Berbert, o lateral-direito se destaca pela imposição física e pela regularidade de atuação. O jornalista acredita que o atleta ainda pode evoluir nos cruzamentos, mas valoriza seu estilo de jogo ofensivo.
“O PH ainda tem esse ponto. É algo que ele ainda precisa melhor, que é a questão dos cruzamentos. Ele cruza melhor de canhota do que propriamente de direita. Mas ali, a partir de 2023, já começou o crescimento dele, começou a ser importante. Em 2024 e 2025, ele foi muito regular – nos dois anos. Claro, teve algumas oscilações, alguns jogos em que não foi bem individualmente, mas é um dos pilares do Vasco desde 2024”, avaliou.
“Sempre foi um cara muito regular na maior parte da temporada dele no Vasco. Realmente, muito consistente. Um cara que ajuda muito ofensivamente. É muito rápido, tem o drible. É de certa forma inteligente. É um cara mais físico, claro, não tem tanta técnica. Mas sabe driblar. E defensivamente também é muito importante, porque corrige os erros dele e muitas vezes as falhas dos companheiros também”, encerrou ao No Ataque.
O Atlético anunciou a contratação de Paulo Henrique em janeiro de 2023, depois do fim da passagem do jogador pelo Juventude. Com a camisa do Galo, no entanto, o lateral-direito fez apenas três partidas sob o comando de Eduardo Coudet e não deixou saudades aos torcedores alvinegros.
Em fevereiro daquele ano, o clube mineiro optou por emprestar o atleta ao Vasco, que em dezembro acabou por comprar o passe de PH. A negociação foi fechada por cerca de R$ 4,8 milhões.
Paulo Henrique foi convocado por Ancelotti no último domingo (5/10), depois do corte do lateral-direito Wesley, da Roma-ITA, por lesão. Ele concorrerá com Vitinho, do Botafogo, por um espaço na Seleção Brasileira.
Nesta Data Fifa, o Brasil fará amistosos contra Coreia do Sul e Japão. O primeiro ocorrerá a partir das 8h desta sexta-feira (10/10), no Estádio Sang-am de Seul, em Seul. Já o segundo será disputado a partir das 7h30 da próxima terça-feira (14/10), no Estádio Ajinomoto, em Tóquio.
“Ser convocado para defender a Seleção Brasileira é a verdadeira definição de realização de um sonho. Um sonho que começou lá atrás, quando ainda era um menino que dava apenas os primeiros passos no futebol.
É realizar também o sonho do meu pai, dos meus familiares e todos que estão sempre na torcida por mim. Faltam palavras para explicar o que estou sentindo neste momento. Somente agradecer a Deus por me proporcionar tudo isso.
Obrigado a todos que sempre estiveram comigo e ao Vasco, por me ajudar a chegar até aqui! A honra e glória é pra ti Jesus!“
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