Contra a LDU, Palmeiras revive o fantasma de 1995 e encara missão inédita na Libertadores

Contra a LDU, Palmeiras revive o fantasma de 1995 e encara missão inédita na Libertadores

3 minutos 23/10/2025

São Paulo, SP, 23 (AFI) – O Palmeiras volta a viver uma situação limite na Copa Libertadores. A derrota por 3 a 0 para a LDU, em Quito, deixou a equipe de Abel Ferreira diante de um cenário praticamente inédito: o clube jamais conseguiu reverter uma desvantagem tão larga em mata-matas do torneio. O jogo de volta será na próxima quinta-feira, às 21h30, no Allianz Parque, e exigirá uma atuação que beira o perfeito para transformar o que hoje parece improvável em realidade.

O tamanho do desafio remete ao episódio mais emblemático de sua história em competições continentais. Em 1995, pelas quartas de final, o Palmeiras perdeu por 5 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, em uma das derrotas mais dolorosas do clube em torneios sul-americanos.

PASSEIO NO PALESTRA ITÁLIA

O confronto parecia decidido, mas o time de Carlos Alberto Silva transformou o Palestra Itália em um caldeirão na partida de volta e aplicou um 5 a 1 histórico. Apesar da atuação monumental, o gol sofrido impediu a classificação — o Grêmio avançou com 6 a 5 no agregado.

Trinta anos depois, a lembrança daquela noite serve como referência de força e obstinação, mas também de alerta sobre o tamanho do obstáculo que o Palmeiras precisa superar. A LDU mostrou em Quito um futebol intenso, técnico e preciso nas conclusões, enquanto o time brasileiro foi superado em todos os aspectos.

O 3 a 0 dos equatorianos, construído ainda no primeiro tempo, escancarou a desorganização tática e a dificuldade de adaptação à altitude.

DESAFIO GRANDE

Agora, o desafio é técnico, físico e mental. O Palmeiras precisa vencer por quatro gols de diferença para avançar à final no tempo normal, ou devolver o 3 a 0 para levar a disputa aos pênaltis.

Mesmo para um clube acostumado a reagir em momentos decisivos, como nas campanhas campeãs de 2020 e 2021, o contexto atual é o mais adverso que Abel Ferreira enfrentou no comando alviverde.

A força do Allianz Parque, onde o time costuma impor ritmo e intensidade, pode ser o diferencial. Sob o apoio de uma torcida que já viu grandes viradas, o Palmeiras tentará transformar a pressão em energia positiva.

A necessidade de um jogo sem falhas, no entanto, é absoluta: cada detalhe, cada bola parada e cada decisão tática podem definir o futuro do clube na competição.

A LDU, campeã continental em 2008 e dona de tradição no torneio, chega a São Paulo com a vantagem e a tranquilidade que faltaram ao rival na altitude. O Palmeiras, por outro lado, carrega a responsabilidade de defender seu prestígio e a própria história na Libertadores.

Caso consiga reverter o placar, o feito entrará para a galeria dos momentos mais simbólicos de sua trajetória — uma virada inédita, capaz de exorcizar o fantasma de 1995 e reafirmar o poder de reação que marca a era Abel Ferreira.

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