Corinthians resiste à criação de SAF mesmo com dívida bilionária

Corinthians resiste à criação de SAF mesmo com dívida bilionária

2 minutos 30/10/2025

São Paulo, SP, 30 (AFI) – O Corinthians vive um momento de pressão fora das quatro linhas. Mesmo com dívida de R$ 2,7 bilhões e o recente projeto SAFiel, que promete captar R$ 2,5 bilhões, o clube encontra forte resistência para virar SAF. O Conselho Deliberativo, responsável por bater o martelo, se mostra majoritariamente contrário à proposta, segurando a onda da tradição e da história do Timão.

Entre os conselheiros, a maioria defende que o melhor caminho é apostar em uma gestão mais firme, com administração austera. Para muitos, a SAF não é a fórmula mágica para resolver a crise financeira. Também pesa o receio de perder o controle do clube para investidores externos, já que o Corinthians sempre foi símbolo de origem popular e pertencimento.

PROJETO SAFIEL

A proposta de reforma do estatuto até abre portas para a SAF, mas impõe travas: exige aprovação do Conselho Deliberativo e dos associados, além de proibir que investidores externos tenham o controle majoritário. Isso trava o avanço do SAFiel, que prevê participação de torcedores como acionistas, mas esbarra na dificuldade de conquistar apoio entre os dirigentes.

Na última quarta-feira, representantes do SAFiel se reuniram no Parque São Jorge e entregaram uma carta de intenções para os presidentes Osmar Stabile e Romeu Tuma Jr.

O encontro serviu para esclarecer pontos do projeto e garantir que o debate siga internamente. Segundo um dos idealizadores do SAFiel, Eduardo Salousse, “a única certeza de todos nós aqui é que, do jeito que está, nós não sobrevivemos mais um ou dois anos”.

FUTURO DO CLUBE

Mesmo com poucas vozes favoráveis, há quem defenda que a discussão sobre SAF é importante, principalmente diante das mudanças previstas na tributação a partir de 2027.

Especialistas apontam que clubes-empresa devem pagar menos impostos (entre 5% e 8,5%) em comparação ao modelo associativo (até 11,4% em 2033), o que pode forçar clubes tradicionais, como o Corinthians, a repensarem sua estrutura para seguir competitivos no Brasileirão.

Ainda assim, muitos conselheiros batem na tecla de que o Timão é do povo e não será colocado à venda. O debate segue quente nos bastidores do Parque São Jorge, com o futuro do Corinthians em jogo e a torcida de olho em cada lance dessa disputa política e financeira.

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