Diniz admite luta contra o rebaixamento e diz que Vasco precisa “aprender a ser grande”

Diniz admite luta contra o rebaixamento e diz que Vasco precisa “aprender a ser grande”

2 minutos 23/11/2025

Rio de Janeiro, RJ, 23 (AFI) – O Vasco chegou à quinta derrota consecutiva no Brasileirão ao cair diante do Bahia, na Arena Fonte Nova, e ampliou a crise na reta final do campeonato. Com 42 pontos, a equipe vê a distância para a zona de rebaixamento diminuir e entra na semana pressionada por resultados imediatos. Após a partida, Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva e reconheceu que o clube vive um momento crítico, mas descartou problemas internos no vestiário.

O treinador foi direto ao comentar a leitura sobre o cenário atual. Para ele, a discussão não passa por zona de conforto ou blindagem com a diretoria, mas pela capacidade de reação que o próprio elenco precisa mostrar. “Não tem conforto com cinco derrotas. O Pedrinho gosta de mim, mas se tivesse que me demitir, me demitiria. Tivemos momentos brilhantes, demos esperança ao torcedor. Mas nesses 14 dias não fizemos o que poderíamos ter feito.”

Diniz também valorizou o desenvolvimento individual de vários jogadores durante a temporada, citando convocações e evolução técnica, mas admitiu que a queda recente expôs fragilidades. “Hoje não faltou vontade, faltou ânimo, concentração. Contra Juventude, São Paulo e Botafogo também. O Vasco é gigantesco, mas o time precisa aprender a ser grande do tamanho do Vasco.” O treinador comparou a trajetória do clube ao período de oscilação vivido pelo Manchester United após o auge dos anos 2000.

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Sobre o ambiente interno, o treinador rechaçou qualquer possibilidade de rachadura entre atletas. “Quem vai rachar o vestiário? Léo Jardim? Rayan? Vegetti? Coutinho? Isso é bobagem. Tem muita coisa boa sendo construída. O que pesa é o recorte dos cinco jogos, que é muito ruim.” Diniz ressaltou que o grupo segue comprometido, embora afetado pela sequência negativa.

A luta contra o rebaixamento, segundo ele, não pode ser ignorada. O treinador admitiu que o clube deixou escapar a chance de perseguir objetivos mais altos quando a tabela se abriu. “A gente rejeitou o momento que o campeonato ofereceu. Se você não vai, fica. Chegamos a estar em sétimo. Podíamos estar falando de outra coisa hoje. Agora a realidade é clara: precisamos pontuar.” O Vasco pode terminar a rodada a apenas três pontos do Z-4.

Com três jogos para encerrar o campeonato, o Vasco terá dois compromissos seguidos em São Januário — Internacional e Mirassol — antes de fechar a participação contra o Atlético-MG, na Arena MRV. Diniz sabe que não há margem para tropeços. O diagnóstico é simples: resgatar confiança, sustentar desempenho e transformar urgência em reação para evitar um desfecho dramático na competição.

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