Diretor do Botafogo valoriza estratégia de revenda no mercado

Rio de Janeiro, RJ, 15 (AFI) – O Botafogo vive momento turbulento nesta temporada desde a chegada do técnico Davide Ancelotti. O clube enfrenta pressão da torcida após as recentes eliminações na Libertadores e Copa do Brasil, além das vendas de titulares como o goleiro John, o zagueiro Jair Cunha, o volante Gregore, e o atacante Igor Jesus.

ANÁLISE

Em entrevista concedida ao podcast “Dez na Gestão”, do canal “Foothub”, o diretor de gestão esportiva Alessandro Brito explicou a estratégia adotada pelo Botafogo no mercado, destacando o processo feito visando contratações e vendas de jogadores.

“Sobre a parte de mercado, dividimos dentro do clube uma área que cuida só dessa formatação e entrada de jogadores, pensando nos ativos, no elenco e sobre potencial para a Europa ou revenda. Sempre que fazemos a aquisição de um jogador, tentamos programar uma saída e que possamos ter um lucro nessa venda, mas sempre pensando também na performance.”

IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA

Alessandro Brito também valorizou a importância da venda de jogadores para evitar dívidas. O dirigente relembrou o período em que o clube aderiu ao modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e afirmou que a única forma de escapar de problemas financeiros, além da performance dentro das quatro linhas, é vendendo jogadores.

“Não podemos esquecer que estamos num grande clube, dentro de uma grande estrutura que hoje e que temos uma responsabilidade gigante perante o mercado brasileiro, o mercado sul-americano. Acho que o principal foco é fazer com que atendamos a performance, o principal objetivo do clube, e claro, futuramente, como é um clube de futebol e como pegamos um clube muito endividado, só vamos sair dessa situação com venda de jogadores, não existe outra receita. Temos que ser assertivos nessa análise de mercado para estruturar a performance e para que possamos reverter esse valor da venda no futuro.”

FUTURO PROMISSOR

O futuro do Botafogo é bem avaliado por Alessandro Brito, que projeta um melhor desempenho dentro de campo e uma preparação melhor nas categorias de base. O profissional entende que o clube ainda não conseguiu um destaque maior no time de júniores por falta de estrutura e acredita que o glorioso estará mais sólido nos próximos cinco ou seis anos.

“O Botafogo vai estar um pouco mais sólido nos próximos cinco ou seis anos, não deve depender tanto dessas saídas de atletas e consiga alcançar um maior número de performance, e também olhar um pouco para a categoria de base, que hoje ainda não conseguimos esse foco por falta de estrutura também”