Diretor do Flamengo defende venda de joia: ‘Não estava confortável’

Rio de Janeiro, RJ, 04 (AFI) – Apesar da chegada de badalados reforços que elevaram ainda mais o nível do elenco, a janela de transferências do Flamengo também ficou marcada pela saída de alguns atletas da base, entre eles Matheus Gonçalves. Xodó da torcida rubro-negra, ele foi negociado junto ao Al-Ahli, da Arábia Saudita, por 9 milhões de euros (R$ 57,3 milhões na cotação atual), mais bônus por metas, e assinou contrato de três anos com o novo clube.

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Em entrevista concedida ao ‘BarbaCast’, Alfredo Almeida, diretor da base do Flamengo, explicou a venda de Matheus Gonçalves. A venda foi a que mais chamou a atenção dos torcedores, que em sua grande maioria, costumavam pedir oportunidades ao garoto. O clube também acertou o empréstimo do meia Lorran ao Pisa, da Itália, por 500 mil euros (R$ 3,7 milhões). O contrato tem opção de compra fixada em 4 milhões de euros (R$ 25,3 milhões).

“O próprio Matheus Gonçalves não estava confortável pela falta de oportunidades na equipe profissional. Ele teve oportunidades. Muitas vezes a pergunta que eu faço quando questionam por que o Matheus Gonçalves não joga mais? “Vai tirar quem”? O elenco é muito qualificado. Não quer dizer que ele não seja talentoso, pois ele é e muito. Acredito que o negócio vai ser bom financeiramente para o Flamengo, para a carreira do Matheus e para quem o agencia. Acho que ele vai ser feliz onde está.”

PROMESSA DO NINHO

Apesar de ter sido tratado como uma das grandes promessas lançadas pelo Flamengo ao longo dos últimos anos, Matheus Gonçalves recebeu poucas chances no profissional. O atleta foi bicampeão Intercontinental pelo sub-20 e acumulou conquistas nas base, mas não alcançou o sucesso esperado na equipe principal.

Matheus disputou 18 partidas pelo profissional nesta temporada, marcou cinco gols e deu duas assistências. O atleta já recebeu elogios do técnico Filipe Luís em algumas entrevistas coletivas, mas o comandante explicou que a forte concorrência no elenco impedia o garoto de ter uma sequência de jogos.

“O Matheus tem uma coisa que eu gosto muito, ele treina muito bem, se esforçar em todas as atividades. Pode estar triste, feliz, mas continua se esforçando sempre. É um jogador que tem poucos minutos pela concorrência que ele tem. O Danilo, por exemplo, também treina muito bem, mas tanto o Léo Ortiz quanto o Léo Pereira não dão brechas para ele. O Matheus tinha como concorrentes o Gerson, e agora tem ainda Luiz Araújo e Plata.”, explicou o comandante.