Estádio Olímpico se aproxima da demolição após 71 anos

Estádio Olímpico se aproxima da demolição após 71 anos

3 minutos 17/09/2025

Porto Alegre, RS, 17 (AFI) – O Estádio Olímpico, tradicional palco do Grêmio, está prestes a viver seus últimos dias. Após 71 anos de história, o estádio caminha para a demolição total, impulsionado pelo recente avanço nas negociações entre o clube e as empresas envolvidas na construção da Arena do Grêmio. A troca de chaves, aguardada desde 2013, finalmente está próxima de acontecer, destravando um impasse burocrático que se arrasta há anos.

A movimentação ganhou força após a compra da gestão da Arena, em julho, por um empresário que adquiriu dois terços da dívida do novo estádio, enquanto o Grêmio ficou com o restante. Os valores investidos foram de R$ 80 milhões por parte do empresário e R$ 20 milhões pelo clube. Com isso, a Arena deixa de ser objeto de penhora judicial, e a documentação para a permuta com o Olímpico já está em andamento.

NEGOCIAÇÕES DO GRÊMIO E ARENA

Segundo o vice-presidente do Grêmio, é “questão de tempo” para a conclusão do processo. A troca de chaves ainda depende da assinatura de escritura de permuta por parte das empresas OAS 26 e Karagounis, ligadas à Caixa Econômica Federal. O tricolor gaúcho aguarda o sinal verde para finalizar o acordo sem assumir novas obrigações, enquanto as empresas querem definir responsabilidades sobre investimentos no entorno da Arena antes da assinatura.

O Ministério Público acompanha todo o trâmite, e a Prefeitura de Porto Alegre busca garantir que as intervenções urbanísticas atendam ao interesse coletivo. A proposta inicial é que, no local do Olímpico, sejam erguidos prédios residenciais, mas detalhes só devem ser definidos após a oficialização da permuta. OAS 26 e Karagounis, no entanto, precisarão de parcerias para viabilizar as obras de construção, pois não possuem capital suficiente para seguir sozinhas.

ESTÁDIO OLÍMPICO E SEU DESTINO

O antigo estádio, tomado pelo mato e protegido por seguranças privados, já não recebe jogos desde 2013. Árvores crescem no espaço onde brilhou em conquistas como Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. O local tem servido para treinamentos de segurança, enquanto torcedores e moradores acompanham de longe o destino do “Velho Casarão”.

O Grêmio também aguarda definição sobre o ITBI, imposto municipal referente à troca de chaves, que pode variar de R$ 10 a R$ 30 milhões, dependendo da avaliação do imóvel. Uma lei municipal prevê isenção para obras ligadas à Copa do Mundo, mas a validade dessa regra para a permuta ainda está em análise. Com a posse oficial da Arena, o Grêmio incorpora ao seu patrimônio um imóvel avaliado em R$ 1 bilhão, em substituição ao Olímpico, orçado em R$ 400 milhões.

A Prefeitura de Porto Alegre reforça que as negociações seguem em andamento com todas as partes envolvidas, visando soluções que beneficiem a cidade. O futuro do Estádio Olímpico, cada vez mais próximo da demolição, marca o fim de uma era no futebol do Rio Grande do Sul.

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