Fabinho Soldado cita transfer ban e indefinição de calendário no Corinthians

São Paulo, SP, 12 (AFI) – O executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, admitiu que o clube encontra dificuldades para projetar o futuro a curto prazo em razão de dois fatores: a indefinição do calendário de 2026 e o transfer ban imposto pela Fifa devido à dívida com o zagueiro Félix Torres, contratado junto ao Santos Laguna, do México.

Enquanto a diretoria tenta solucionar as pendências financeiras, Fabinho revelou que sua atuação tem sido mais concentrada no cotidiano do elenco e no suporte técnico à comissão liderada por Dorival Júnior.

“A grande parte [da equipe de trabalho] está muito focada no dia a dia com o Dorival, com a comissão técnica e os atletas, para que possam ter tranquilidade para terminar esses cinco jogos, a Copa do Brasil, de forma honrosa. Não estamos felizes com os últimos resultados, os atletas não estão, a comissão também não está, mas agora é o momento de aproveitar essa Data Fifa para se preparar melhor”, afirmou.

PLANEJAMENTO AFETADO PELO TRANSFER BAN

O Corinthians vive um momento de restrições severas no mercado, já que o bloqueio imposto pela Fifa impede o registro de novos jogadores. A punição é consequência do não pagamento ao Santos Laguna pela compra de Félix Torres, zagueiro equatoriano contratado no início da temporada.

Fabinho admitiu que a limitação atrapalha o planejamento da equipe para o próximo ano, mas garantiu que o clube está trabalhando em busca de uma solução.

“Parado não pode ficar. O Corinthians vive momentos difíceis e não são de agora. Nosso presidente está fazendo o máximo. Essa etapa do trabalho — do transfer ban e de outras questões burocráticas — fica com ele, com o jurídico e o financeiro. Eu estou muito mais focado na parte técnica, e agora com esse pensamento também em 2026”, explicou o dirigente.

DESAFIO DUPLO: ENCERRAR O ANO E PENSAR 2026

Com o Paulistão 2026 marcado para começar em 11 de janeiro, Fabinho destacou que o tempo é curto e que o desafio é duplo: encerrar o ano com dignidade e montar um elenco competitivo para a próxima temporada.

“Olha o tamanho do desafio que nós temos: uma competição paulista super difícil, que já começa em janeiro, com clássicos logo de início. Preciso olhar para todas as possibilidades para que a gente consiga terminar melhor o campeonato de 2025 e, ao mesmo tempo, pensar nos cenários para 2026”, completou.

O Corinthians tenta equilibrar as finanças, resolver pendências jurídicas e manter estabilidade técnica após uma temporada irregular. Dorival Júnior deve permanecer no comando, e a expectativa é que o clube consiga liberar o registro de atletas até o fim do ano para iniciar a reconstrução.