Ferraresi brilha no São Paulo e lidera desarmes no Brasileirão

Ferraresi brilha no São Paulo e lidera desarmes no Brasileirão

3 minutos 04/09/2025

São Paulo, SP, 4 (AFI) – O São Paulo vive grande momento defensivo no Brasileirão 2025, com Ferraresi assumindo papel de destaque na equipe. O venezuelano é o líder isolado em desarmes no campeonato desde a volta após a Copa do Mundo de Clubes, somando 43 desarmes até o duelo contra o Cruzeiro, bem à frente de Lucas Sasha, do Fortaleza, que tem 28.

Ferraresi ganhou confiança sob o esquema 3-5-2, mostrando segurança no setor e também participando ofensivamente. A história do camisa 3, porém, vai além da defesa: começou nas categorias de base como atacante e só se firmou zagueiro após passagem pela Argentina e pela seleção sub-17 da Venezuela.

SÃO PAULO E BRASILEIRÃO

O início como atacante rende frutos até hoje, ajudando na leitura de jogo e na construção das jogadas. O futsal, comum na Venezuela, também foi fundamental para a qualidade técnica do defensor. “Acho que sim, ter sido atacante ajudou. Posso ter uma visão diferente, tomar decisão mais rápido. Mas alguém que sempre atuou como zagueiro pode ser mais forte defensivamente, ou pode ter leitura de jogo, é normal, mas por sorte eu me adaptei rápido a ser zagueiro e pude me profissionalizar nessa posição.”

Ferraresi cresceu em ambiente esportivo: o pai, Adolfo “Pocho” Ferraresi, foi centroavante na Argentina e Venezuela. Ele organizou até jogo beneficente para garantir a ida do filho à seleção sub-20. “Tenho que agradecer ao meu pai, que desde pequeno sempre me passou os valores do futebol também e a família é de esportista né, minha irmã é nadadora, minha mãe tem muito carinho pelo futebol, então todos estão ligados ao esporte”, contou o zagueiro.

Com três anos de clube, Ferraresi virou um dos mais queridos do elenco, especialmente entre os estrangeiros. No Morumbis, diante do Atlético Mineiro, fez partida impecável e ainda aplicou uma caneta em Rony. “Os caras falaram que foi na sorte, mas eu vi (risos). Eu vi ele vindo, não tem como dar aquela caneta sem querer, mas depois eu me joguei no chão mesmo (risos).”

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Ferraresi. Foto: Reprodução/Instagram/@nahuelferraresi

FERRARESI NA LIBERTADORES

O bom momento se estende à Libertadores, com o São Paulo nas quartas de final. Ferraresi foi personagem nas oitavas, cometendo dois pênaltis não convertidos na Colômbia e provocando a expulsão de Edwin Cardona no Morumbis, após confusão iniciada em Medellín. “Eu acho futebol é um jogo difícil, porque você joga com muitas coisas, é um jogo de malícia né. A gente sabe como é, mas o que acontece no campo para mim, fica no campo. Tanto no jogo ida como o jogo de volta.”

Chamado para defender a Venezuela nesta Data Fifa, Ferraresi encara a Argentina pelas Eliminatórias, com os venezuelanos em sétimo lugar na busca pela vaga na Copa do Mundo de 2026. Quando perguntado sobre o atacante mais “chato” que já marcou, não titubeou: “Que eu me lembre assim, que fala muito, por mais que seja na brincadeira, é o Deyverson. Ele fala muito na brincadeira, fala demais. Mas é gente boa demais”.

No dia a dia do Tricolor, Ferraresi reforça o orgulho de vestir a camisa e trabalhar firme por espaço entre os titulares: “Desde que estou aqui sempre tive momentos saborosos, lindos, como queira chamar. Por mais que as vezes eu não tivesse minutos em campo, que é o que todos querem, ninguém gosta de ficar fora, mas infelizmente só jogam 11. Representar essa camisa para mim é um orgulho, no dia a dia dou meu máximo e aproveito quando sou escolhido para estar entre os 11 iniciais”.

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