Futuro da SAF do Botafogo fica travado por conta de disputa entre Eagle e Textor

Futuro da SAF do Botafogo fica travado por conta de disputa entre Eagle e Textor

2 minutos 26/09/2025

Rio de Janeiro, RJ, 26 (AFI) – O Botafogo vive novo capítulo de incertezas fora de campo. O impasse entre John Textor e a Eagle Football sobre o controle da SAF do Alvinegro segue sem resolução, travando decisões e afetando diretamente a saúde financeira do clube para a temporada 2025.

A Eagle insiste que só fará mudanças estruturais e novos aportes caso Textor deixe o comando da SAF. O executivo, por sua vez, não considera se afastar e, nos bastidores, tem se aproximado de Christopher Mallon, advogado britânico que já atuou na reorganização financeira do Lyon. Mallon foi escolhido pelos acionistas da Eagle para assumir papel estratégico na empresa.

IMPASSE NA SAF BOTAFOGO

Apesar de mais um round judicial entre as partes, houve, recentemente, uma aproximação entre Textor e Mallon, com troca de mensagens em clima amistoso. A Eagle chegou a propor acordo na Justiça em setembro, mas não houve consenso.

Em declaração após a partida contra o Vasco, Textor destacou: “Até as melhores famílias brigam. No futebol, quando as famílias brigam, acontece em público. Mas a briga acabou. Estamos alinhados, vamos avançar. Eagle tem 90% das ações desse clube, não o clube social. Eagle é a dona. Adoramos o apoio que recebemos dos torcedores, adoramos o apoio que recebemos do clube social. A Eagle Football é dona desse clube, 90% dele. Eu sou o sócio majoritário da Eagle. Isso era verdadeiro há um ano, isso era verdadeiro há uma semana e será verdadeiro na próxima semana”.

Os dois repassaram a ideia de união a João Paulo Magalhães, presidente do Botafogo. Em ligação conjunta, reforçaram ao mandatário, que detém 10% das ações da SAF, que desejam pôr fim à briga.

CRISE FINANCEIRA E JUSTIÇA

Textor não controla mais a Eagle, mas mantém influência no Botafogo ao solicitar o arresto das ações da holding junto à SAF na Justiça, impedindo mudanças no comando do clube. Enquanto não há definição, a Eagle justifica que eventuais investimentos só virão com informações detalhadas do cenário financeiro, mencionando dúvidas sobre o tamanho da dívida e compromissos a curto e médio prazo.

Por outro lado, Textor afirma que tem valores a receber de terceiros, como a cobrança de mais de R$ 400 milhões do Lyon. A falta de acordo imediato preocupa o torcedor, já que o clube não conta mais com a entrada de dinheiro que teve em 2024 e pode não conseguir honrar compromissos em 2025.

A Eagle reforça que, sem afastamento de Textor, não há possibilidade de novos aportes. Já o americano busca alternativas para tentar um entendimento e segue atuante nos bastidores do futebol carioca.

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