Goleiro e treinador do São Paulo permitem a virada do Palmeiras

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 5 (AFI) – A prioridade neste espaço é o futebol de Campinas, mas ao longo da semana haverá tempo suficiente para que debatamos assuntos ligados ao dérbi campineiro do próximo sábado, no Estádio Moisés Lucarelli.

Fiquemos, então, nos aspectos determinantes desta vitória de virada do Palmeiras sobre o São Paulo por 3 a 2, após desvantagem durante o primeiro tempo por 2 a 0.

O São Paulo vai continuar reclamando dia e noite, noite e dia, de um pênalti não marcado pela arbitragem, mas vamos por outro caminho.

PALETÓ NESTE CALOR ?

Comecemos pela desproporção deste questionável treinador do São Paulo, Hernán Crespo, ao usar paletó num ‘baita’ calor no Estádio do Morumbi, neste domingo.

A rigor, esse mesmo treinador deveria saber o bê-a-bá do futebol, ao alcançar a vantagem por 2 a 0 durante o primeiro tempo, e assim não ‘ter mais jogo’.

Toda aquela característica determinação ofensiva, colocada em prática por seu clube, teria que ser trocada pelo formato reativo, de forma que jogadores do Palmeiras não tivessem liberdade para criar jogadas de ataque.

ABEL FERREIRA TEM MÉRITOS

Lógico que o treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, tem lá os seus méritos, ao fazer três mudanças durante o intervalo, e assim reativar a sua equipe, mas como pode Crespo ver o seu São Paulo ser amassado pelo Palmeiras sem que nenhuma providência fosse tomada.

Aí vamos cair naquele desproporcional ‘chavão’ que 2 a 0 é um resultado perigoso.

Sim, perigoso para quem está perdendo, e não deveria ser para quem está ganhando.

GOLEIRO NÃO SAI DO GOL

Quando vejo esse goleiro Rafael, do São Paulo, não interceptar bola cruzada na pequena área, ou pouco além dela, lembro-me do antigo dito que ‘bola na pequena área é do goleiro’.

Na bola cruzada por Maurício, dava tempo para o goleiro Rafael ir ao encontro dela e assim evitar o cabeceio de Victor Roque.

Pior ainda no terceiro gol do Palmeiras, pois Sosa estava dentro da pequena área, e em bola longa.

Saudade dos tempos em que o saudoso preparador de goleiros Dimas Monteiro ensinava os seus discípulos como proceder neste tipo de jogada.

Que regressão neste fundamento para goleiros.