Hulk se vê ‘sozinho’ no ataque do Atlético e minimiza críticas

Hulk se vê ‘sozinho’ no ataque do Atlético e minimiza críticas

3 minutos 26/09/2025

Não é segredo que o atacante Hulk está longe da melhor fase no Atlético. Perto de atingir o pior jejum de gols pelo clube, o próprio jogador admite isso, cita alguns motivos para o baixo rendimento e minimiza as críticas.

O camisa 7 está a nove jogos sem balançar as redes. O último tento foi em 14 de agosto, na vitória alvinegra por 2 a 1 sobre o Godoy Cruz-ARG, na Arena MRV, pela ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana.

A maior sequência negativa pelo Galo ocorreu entre junho e julho de 2021, com 10 partidas sem marcar. Apesar da falta de gols, ele contribuiu com cinco assistências no período, e o time só perdeu dois jogos nesse período.

O atacante convive com um jejum ainda maior no Campeonato Brasileiro. Ele não faz gols com bola “rolando” há mais de um ano na competição.

Hulk se sente “sozinho”

Com mais uma atuação abaixo do esperado, Hulk acabou substituído aos 29 minutos do segundo tempo na vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Bolívar, na quarta-feira (24/9), pela volta das quartas de final da Sul-Americana. Após a partida, o atacante disse que sente falta de mais apoio no ataque. 

“Muitas das vezes a gente se sente muito sozinho na frente, falta um pouco de apoio. Isso dificulta muito o apoio, com mais jogadores na frente. Muitas vezes as pessoas não veem isso, querem que eu faça gol de todo jeito. Nem sempre a bola chega limpa, não é tão fácil assim”, afirmou.

Em entrevista coletiva, o técnico Jorge Sampaoli acompanhou – quase que simultaneamente – a visão do atacante. Ele citou que optou pela entrada do meia Bernard na vaga do volante Alexsander justamente para criar mais conexões com o camisa 7.

“Decidi por Bernard porque sentia nesse momento que necessitava de conexão com Hulk para ter maior volume de ataque e por isso a decisão. Talvez a decisão mais correta teria sido colocar outro volante interior, mas precisávamos ganhar. Por isso a minha decisão”, pontuou o argentino.

Apesar disso, Hulk desperdiçou uma grande chance no jogo de ida contra o Bolívar, no Estádio Hernando Siles, em La Paz. Ainda assim, essa foi uma das poucas oportunidades do atacante nos últimos jogos. 

Hulk minimiza críticas

Neste cenário, Hulk convive com críticas mais constantes pela primeira vez desde que chegou ao clube. Além da falta de gols, o atacante não tem conseguido ter desempenhos positivos em termos de criação de jogadas, dribles, entre outros atributos.

O ídolo do Galo, no entanto, vê o julgamento como natural. Ele também tira o peso dos elogios nos momentos positivos e garante que tem trabalhado para retomar a boa fase.

“A maior virtude do ser humano é apontar o dedo e criticar. Isso eu levo para minha vida, não é só no profissional. Criticar é a coisa mais fácil do mundo, então não é uma coisa que tira minha paz. Não me apego nesses números, nesses recordes, não me apego às críticas. Quando faço gol não sou o melhor do mundo, não sou o melhor aqui. Quando perco gol também não sou o pior”, avaliou.

“O mais importante é ter consciência tranquila que mesmo jogando mal, não correspondendo às expectativas. eu tento dar o meu melhor, e isso que me tranquiliza, de dormir e acordar tranquilo”, prosseguiu.

“As críticas são naturais. Claro que alguns torcedores exageram um pouco, mas esse mesmo torcedor quando eu fizer dois gols vão falar que o Hulk é o herói. Futebol é isso. É se apegar em si próprio. Eu tenho eu como meu desafio maior, procuro ser maior que eu a cada dia. Muitas vezes vou decepcionar no coletivo, no futebol, mas o mais importante é na vida pessoal não decepcionar”, finalizou.

Hulk no Atlético

Um dos maiores ídolos da história do Atlético, Hulk tem 130 gols em 271 jogos com a camisa preta e branca. Ele é o artilheiro máximo do clube no século e o 10º no ranking de todos os tempos. 

O atacante foi o grande nome nas conquistas de cinco Campeonatos Mineiros (2021 a 2025), do Campeonato Brasileiro (2021), da Copa do Brasil (2021) e da Supercopa do Brasil (2022).

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