Juiz rejeita plano do Corinthians, mas clube ganha 60 dias para evitar retomada de cobranças

Juiz rejeita plano do Corinthians, mas clube ganha 60 dias para evitar retomada de cobranças

2 minutos 18/11/2025

São Paulo, SP, 18 – O Corinthians sofreu um revés importante no processo do Regime Centralizado de Execuções. O juiz Guilherme Cavalcanti Lâmego, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, rejeitou o plano apresentado pelo clube, mas prorrogou por mais 60 dias a suspensão das cobranças judiciais — período considerado crucial para evitar que o Timão volte a responder individualmente a dezenas de credores.

O RCE permite que todas as dívidas de uma mesma entidade sejam tratadas em um único processo, e no caso corintiano o montante é expressivo: mais de R$ 367 milhões, incluindo R$ 190 milhões já executados na Justiça. A centralização havia sido vista pelo clube como um caminho para reorganizar pagamentos e ganhar previsibilidade financeira.

A proposta enviada recentemente pelo Corinthians previa quitação em dez anos, com repasse inicial equivalente a 4% das receitas do clube. O magistrado, porém, considerou insuficiente a participação financeira projetada e indicou que o percentual deveria ser de 20% da receita para atender minimamente aos credores listados no processo.

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O juiz ainda abriu a possibilidade de um repasse menor, desde que o Corinthians comprove que direciona parte significativa de sua arrecadação para dívidas anteriores à abertura do RCE. O clube terá dez dias para comunicar se aceita as condições impostas pela decisão.

Caso não concorde, o processo perde efeito e cada ação será retomada separadamente — cenário considerado altamente desfavorável ao Corinthians, que voltaria a lidar com bloqueios, execuções e negociações uma a uma, sem proteção judicial coletiva.

A discussão já se arrasta há quase um ano, sem consenso entre clube, credores e Justiça. O tema ganha ainda mais peso diante da grave situação financeira do Corinthians, cuja dívida total se aproxima de R$ 2,7 bilhões, exigindo soluções estruturais e urgentes para evitar o agravamento da crise.

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