Início » Leitura labial revela o que disse Hulk antes e depois de cartão em vitória do Atlético
O atacante Hulk foi protagonista de momento de revolta nesse sábado (27/9), durante e após a vitória do Atlético sobre o Mirassol, por 1 a 0, pela 25ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Reserva na partida, o paraibano se revoltou com cartão amarelo aplicado pelo árbitro Rafael Klein na Arena MRV, em Belo Horizonte, já nos minutos finais do confronto. Neste domingo (28/9), Velloso, especialista em leitura labial, revelou o que disse o jogador antes e depois da advertência.
A situação se desenrolou já nos instantes finais do confronto entre Atlético e Mirassol. Enquanto o atacante Júnior Santos se contorcia em campo com dores no quadril, vários jogadores do banco de reservas do Galo protestavam pela paralisação do jogo – bem como o técnico Jorge Sampaoli.
Hulk era um deles. O atacante chegou a dialogar diretamente com Paulo Henrique Schleich Vollkopf, quarto árbitro do jogo, antes de receber o cartão amarelo aplicado por Rafael Klein.
A seguir, veja a leitura labial de toda a situação, antes e depois da advertência. Ou então, se preferir, em seguida, assista ao conteúdo no player abaixo da transcrição.
Antes do cartão
Depois do cartão
Depois do jogo
No entanto, na súmula, documento oficial da partida, o árbitro do jogo entendeu que Hulk se levantou do banco “para reclamar das decisões da arbitragem” e não por preocupação com o colega de equipe e/ou qualquer outra motivação. Ainda segundo o registro, Givanildo teria “desaprovado com palavras ou gestos as decisões da arbitragem”.
Na zona mista da Arena MRV, Hulk não poupou palavras para abordar a situação. O paraibano disse se sentir perseguido pela arbitragem brasileira, chorou e embargou a voz ao falar sobre o trabalho do dia a dia e sugeriu investigação pelas atuações de Rafael Klein em jogos do Atlético. Leia o desabafo completo a seguir.
“Cara, isso é surreal, velho! Não é normal! Os caras te perseguem! Tu não falou nada. Estávamos todos lá, todos os atletas, toda a comissão. Todo mundo lá na beira do campo, porque o cara (Júnior Santos) estava machucado e o jogo estava parado. Por que ele me deu amarelo?
Essa aqui hoje é surreal. Essa de hoje tem que ser averiguada. Tem muitas coisas suspeitas por trás. Se ele falar que foi reclamação… Se eu olhasse para ele, pelo menos de cara feia: ‘Hulk olhou para mim de cara feia, tomou amarelo’. Beleza! Ele justificou porque eu olhei de cara feia. Cara, mas em nenhum momento eu falei com o árbitro! Tampouco discuti com o quarto árbitro, com ninguém. A gente estava lá preocupado com o nosso atleta que estava machucado no chão.
Cara, tem coisas que são surreais. Eu já tomei cartão por reclamação? Já. Assumo. Tanto que eu parei de usar a braçadeira de capitão para não ter que me comunicar com os árbitros, para não tomar cartão. Mas hoje é surreal, gente. Pelo amor de Deus. Eu sou pai de família, eu trabalho a semana inteira [embarga a voz], e o cara faz isso aí, velho?
Você vai para casa agora, fica um monte de gente que não estava no estádio, que não sabe o que aconteceu, e você vai como culpado, porque os caras vão para casa e com certeza não vão dormir bem. Mas a gente que trabalha a semana inteira, está aqui dando a vida, está ali no campo torcendo para o time e o cara me dá amarelo sem eu falar nada? Cara, tem coisas que são surreais. Tem que averiguar isso.
Desculpa, mas assim: não estou acusando ninguém. Não estou acusando ninguém. Mas tem que ver que tem alguma coisa por trás. Já tomei muitos amarelos aqui por reclamação e assumo. Também já tomei outros sem nem falar nada. Mas o de hoje foi o mais ridículo em toda a minha vida. Eu simplesmente estava no banco com meus companheiros.
O cara vem, me dá amarelo e sai na boa. E eu perguntei aqui! Tinha dezenas de pessoas presentes. Perguntei: ‘Klein, me fala por que você me deu amarelo?’ Na frente do nosso diretor, do Victor. Ele não fala nada. Cara, pelo amor de Deus. Por favor, CBF, todos os envolvidos: investiguem isso, que tem alguma coisa suspeita aí!“
Na figura de Paulo Bracks, Chief Sports Officer (CSO) do Atlético, o clube mineiro prometeu providências formais junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Galo deve enviar ofício à entidade máxima do futebol nacional questionando a decisão de Rafael Klein.
“Ouvi o Hulk após o jogo e a sua indignação com o cartão amarelo. Chama a atenção o grau da reclamação, que não será ignorada. Tomaremos as providências formais junto à comissão de arbitragem da CBF na segunda-feira (29/9).”
Paulo Bracks, CSO do Atlético
Por suspensão, Hulk será desfalque para o Atlético diante do Juventude, em compromisso pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os times medirão forças na Arena MRV a partir das 21h30 desta terça-feira (30/9).
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