Início » Lideranças do Atlético deixam de ser unânimes e são questionados por torcedores


O momento não é positivo para algumas das principais lideranças do Atlético. Por diferentes motivos, ao menos três dos principais jogadores da equipe deixaram de ser unânimes e passaram a ser questionados por diversos torcedores.
O caso mais evidente é o do zagueiro Lyanco, que se envolveu em uma discussão com um atleticano durante a derrota do Galo nos pênaltis para o Lanús-ARG, no sábado (22/11), no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.
Apesar de outros atletas estarem envolvidos, o defensor foi um dos mais criticados por ter tomado a frente naquele momento. Ele saiu em defesa do grupo na segunda-feira (24/11) e, pouco depois, publicou uma mensagem enigmática.
“Faço isso com lágrimas nos olhos. Só nós sabemos o quanto amamos tudo isso. Eu ir contra vocês estaria contra minha família, principalmente contra meu filho que vive isso de coração. Ou seja, eu nunca iria contra minha família. Triste acabar assim. Não sei nem como falar e explicar isso. Você é amado por defender o Galo e é odiado por defender o Galo”, escreveu.
O zagueiro, no entanto, tem contrato até dezembro de 2029. Um diretor do Atlético, inclusive, negou a possibilidade de saída ao No Ataque: “Ele renovou contrato não tem três meses e postou falando do episódio com torcedor em Assunção. É sobre isso.”
Ainda assim, alguns torcedores entendem que acabou o clima para Lyanco na Cidade do Galo. “Lyanco acha que é o Sérgio Ramos, o Galo já pode arrumar um comprador para levar ele”, disse um.
“Lyanco pra mim, não merece mais vestir a camisa do galo, se não tem respeito pela torcida é só mais um”, apontou mais.
Por outro lado, muitos defendem a permanência do zagueiro. Até então um dos mais identificados com a torcida, ele também foi o melhor defensor do time enquanto esteve em campo, mas se recupera de ruptura no tendão de Aquiles esquerdo.
Ainda no sistema defensivo, outro nome tem gerado muito debate entre torcedores do Atlético: Junior Alonso. Capitão do time na final da Copa Sul-Americana, o paraguaio se omitiu nas cobranças de pênalti e foi cobrado por tal.
“Quando bati contra o Flamengo e errei muitos falaram: ‘por que bateu ele e não outro?’. É normal, sempre vão ter esses comentários, por que bateu um, por que não bateu outro. Nos pênaltis, depende muito da sorte, do mérito. Estamos tristes pelo resultado, mas temos que fazer um grande trabalho aqui para tentar levantar os ânimos e ficar de pé”, disse.
“(Não bati) porque não estava preparado. Foram escolhas também. Eu era depois do Vitor Hugo. Aconteceu o que aconteceu. Não tem muito para falar sobre o passado também”, completou.
Além disso, Alonso está longe do auge técnico que o consagrou na história do Atlético. Em 2021, ele foi um dos destaques da equipe na conquista da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.
“Time de 2021 fez ele parecer ser jogador de futebol. Desaparece, Alonso”, criticou um atleticano. “Alonso nem era pra ter voltado! Vai com Deus”, afirmou outro.

Um dos maiores – senão o maior – ídolo do Atlético, o atacante Hulk não é mais unanimidade entre os torcedores. Ao contrário dos outros dois citados, o camisa 7 sofre questionamentos 100% voltados à questão técnica.

Apesar de ter retomado o caminho dos gols nas últimas partidas, o jogador vive a pior temporada pelo Galo, com 20 gols e sete assistências em 58 jogos.
Para além dos números, Hulk tem tido dificuldades para apresentar atuações positivas em sequência e criar lances de perigo, principalmente fora da área.
Além disso, o camisa 7 chegou ao nono pênalti perdido em mata-matas na derrota para o Lanús. Por todos esses motivos, muitos entendem que o melhor para os dois lados seria encerrar o ciclo nesse momento.
“Não queria a saída do Hulk, mas o Galo hoje definitivamente não pode se dar ao luxo de ter um banco com custo de R$ 2 milhões por mês”, apontou um torcedor.
“Hulk atrapalha o Galo há um ano e meio e ninguém fala nada. Enquanto não se libertar dessa idolatria cega, não haverá a renovação necessária. Hulk, Franco e Alonso, chega”, criticou outro.
Alonso, Lyanco e Hulk foram os últimos capitães do Atlético. Além deles, somente o lateral-esquerdo Guilherme Arana teve esse status em alguns jogos.
Outra liderança do Atlético que vive momento de baixa é o meia Gustavo Scarpa. Esse, no entanto, conta com a confiança de boa parte da torcida em termos técnicos, mas tem tido poucos minutos.

O camisa 10 foi reserva do Galo nas últimas cinco partidas e sequer saiu do banco de reservas no empate por 1 a 1 com o Flamengo, na terça-feira (25/11), na Arena MRV, pelo Campeonato Brasileiro.
“Ao meu entender, a partida requisitava outro jogador, com outras características. Quando o Scarpa tinha que jogar, jogou. E agora decidimos que não, porque a partida pedia outro jogador”, explicou Sampaoli, após o jogo.
O treinador já havia falado sobre o assunto na semana passada, depois do empate do Atlético por 3 a 3 com o Fortaleza, também em Belo Horizonte, pela Série A.
“Não, não (é uma decisão física ou técnica). Tática. Uma decisão tática. É uma decisão de característica, de colocar alguém profundo pela direita quando o Hulk joga por dentro. São decisões totalmente futebolísticas”, garantiu o treinador.
Scarpa tem três gols e 12 assistências em 63 jogos. Ele é o maior garçom da equipe na temporada.
Por outro lado, alguns jogadores experientes ganharam a confiança da torcida e do técnico Jorge Sampaoli no segundo semestre de 2025. Encostados com o técnico Cuca, o meia Bernard e o atacante Dudu “viraram a chave” e hoje são titulares absolutos do Atlético.
Os dois, inclusive, foram os principais responsáveis pelo gol contra o Flamengo. O camisa 92 cruzou, e o cria do Galo marcou de barriga.
Em meio à incertezas, o Atlético visita o Fortaleza no domingo (30/11), às 18h30, no Castelão, em Fortaleza, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. O alvinegro está em 12º lugar na competição, com 45 pontos, enquanto o Leão do Picci é o 18º colocado, com 34 pontos.

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