Mineirão sem cadeiras? Zema promulga lei sobre tema < No Ataque

Mineirão sem cadeiras? Zema promulga lei sobre tema < No Ataque

3 minutos 13/09/2025

A governado de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), promulgou, na sexta-feira (12/9), o Projeto de Lei (PL) 3319/2025, que trata de setores sem cadeiras em estádios de futebol. Na prática, a medida é mais um passo para liberar a possibilidade de retirada dos assentos do Mineirão – medida estudada pela Minas Arena, que administra o Gigante da Pampulha, e que agrada ao Cruzeiro.

De acordo com a redação do texto, “nos estádios de futebol localizados no Estado poderão ser disponibilizados setores sem cadeiras”. Em relação aos preços, “os valores cobrados pelos ingressos nos setores de que trata o caput serão inferiores aos valores dos demais setores do estádio, conforme precificação definida pelas entidades de prática desportiva e após estudo de viabilidade econômico-financeira”.

Sobre o número de torcedores, “a lotação máxima dos setores de que trata o caput observará as diretrizes estabelecidas pelos órgãos públicos de segurança”. A lei entrou em vigor na sexta-feira (12/9).

Na prática, o que muda para o Mineirão?

Isso não quer dizer que o Mineirão seja obrigado a retirar cadeiras de algum setor, apenas permite que a Minas Arena o faça.

Para o torcedor que prefere permanecer em pé, a boa notícia é: em 29 de maio, quando a ALMG recebeu audiência pública para debater a possibilidade da retirada das cadeiras do Setor Amarelo Inferior e Superior do Gigante da Pampulha, Cruzeiro e Minas Arena concordaram com a movimentação.

A opinião do Cruzeiro sobre a retirada de cadeiras

Na época, Marcone Barbosa, diretor de marketing e comercial do Cruzeiro, disse que o clube não se opõe à ideia e tem o interesse de ouvir os fãs que ocupam o setor.

“É primeira vez que as partes envolvidas têm convergência no pensamento. O público que frequenta deseja a retirada, o Cruzeiro não tem a menor oposição a isso, apoia e incentiva que isso aconteça, e a Minas Arena, pelo que conversamos, não tem nenhuma oposição, exceto, claro, pelas questões operacionais, de acessibilidade, rota de fuga, custo… tudo precisará ser debatido para chegarmos à solução que todos querem, que é a retirada das cadeiras”, pontuou.

A opinião da Minas Arena sobre a retirada de cadeiras

Por sua vez, Jacqueline Alves, diretora da Minas Arena, havia detalhado que um estudo – ainda em andamento – para viabilizar o processo está em vigor e garantiu que o interesse da empresa coincide com o do Cruzeiro.

Segundo a diretora, os profissionais responsáveis pelo estudo realizam avaliação para viabilidade técnica da arquibancada, das barreiras anti-esmagamento e da quantidade de público do setor – e se ele está apto para o aumento. Há preocupações com saída de emergência, ocupação, avaliação estrutural quanto a carga, necessidade ou não do aumento de catracas e avaliação do dimensionamento de sanitários.

Além desse relatório e dos projetos técnicos, alguns órgãos precisam aprovar a retirada das cadeiras. São eles o Governo do Estado de Minas Gerais, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), e o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (COPCM-BH).

Caso os órgãos aprovem, precisam dar ao estádio um novo Laudo de Segurança e a Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Paralelamente a isso, a Minas Arena faz um orçamento para calcular o custo para a retirada das cadeiras e, posteriormente, a reinstalação. O Mineirão vai receber, em 2027, a Copa do Mundo Feminina, e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) exige que os estádios sedes tenham cadeiras.

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