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Multicampeão com a camisa do Atlético, o lateral-direito Marcos Rocha reclamou que foi desvalorizado no clube alvinegro por vários anos e disse ter sido enganado por promessas infundadas feitas por dirigentes. Ele ainda afirmou que só foi ganhar salário alto para os padrões do futebol quando se transferiu para o Palmeiras.
“A fase que eu fui ganhar dinheiro foi no Palmeiras, por mais que eu tenha momentos bonitos dentro do Atlético, foram momentos difíceis”, disse, em entrevista ao podcast “Um Assado para…“, do jornalista Duda Garbi.
Rocha revelou o desgaste com a antiga diretoria alvinegra: “Era uma briga muito grande que eu tinha com o Atlético. Eu era um cara referência na lateral, já estava com convocação para a Seleção e muitas vezes eles traziam jogadores da minha posição ganhando mais do que eu. Mas era eu quem jogava. E sempre tinha aquela indireta: ‘Ah, você é da base’”, desabafou.
Marcos Rocha contou que chegaram a prometer a compra de uma casa para ele renovar com o clube, mas ele nunca recebeu o combinado.
“Ocorriam promessas quando você assinava contrato. Na hora de receber o que era prometido, não acontecia, entendeu? Eu sou muito assim: se você me fala que vai me dar isso se eu assinar o papel, eu vou assinar o papel. E muitas das vezes acontecia: ‘Renova que eu vou te dar uma casa’. ‘Beleza, até quando pode ser a casa?’. ‘Até R$ 800 mil’. Aí eu vou lá, escolho a casa e falam: ‘Não tenho dinheiro para pagar a casa não’. Já aconteceu muito isso comigo”.
Marcos Rocha
Marcos Rocha também comentou a polêmica de 2023, quando fez um comentário homofóbico ao chamar o Cruzeiro de “Maria” em uma ligação com o influenciador Gustavo Tubarão.
“Tá doido, não tem jeito, não. Eu não perco para as marias, não. Você tá doido? (risos)”, disse na época.
O lateral-direito afirmou que o episódio foi apenas uma brincadeira de torcedor e defendeu seu histórico.
“Se você for pegar meu histórico, não tem nenhuma polêmica. Pois é. Tirando uma… Eu estava com o Gustavo Tubarão, um grande amigo meu. E a gente foi falar do Cruzeiro e tal. Aí no ano passado eles tentaram me colocar como homofóbico, porque eu falei a palavra lá que eles não gostam. Mas, cara, era zoação de torcedor, brincadeira, nada… A própria torcida do Cruzeiro me mandou mensagem, falando: ‘cara, não liga pelo que eles estão falando, a gente entende o que você falou, é tudo na brincadeira’. Então eu tive muito cuidado com isso a minha carreira toda.”
Marcos Rocha
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