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Depois de retomar o protagonismo no futebol masculino e feminino, o Cruzeiro quer se tornar a casa dos esportes em Minas Gerais e já conta com equipes em pelo menos outras oito modalidades: vôlei, basquete, futebol americano, futevôlei, jiu-jitsu, futsal, futebol de areia e atletismo, além do esporte bretão.
Diferentemente do futebol, que está sob controle da SAF, os outros esportes são administrados por meio de acordos da associação Cruzeiro com parceiros. O clube projeta expandir as modalidades.
“A gente tem projetos voltados em especial para os esportes olímpicos. Estamos trabalhando para fazer o clube do Cruzeiro cada vez mais forte no maior número de modalidades possíveis. Esperamos apresentar novidades em pouco tempo”, disse o diretor de esportes do Cruzeiro, Thiago Azevedo, em entrevista ao No Ataque.
O projeto de maior sucesso hoje está ligado ao time de vôlei, pentacampeão mundial (2013, 2015, 2016, 2021 e 2024) e eneacampeão nacional (2011/12, 2013/14, 2014/15, 2015/16, 2016/17, 2017/18, 2021/22, 2022/23 e 2024/25). O contrato com a empresa que administra o clube foi assinado em 2009.
“A equipe de vôlei do Cruzeiro é uma das maiores da história do esporte”, disse Azevedo.
O dirigente conta que o Cruzeiro recebe por cada parceria de licenciamento. “A receita proveniente dos licenciamentos varia de acordo com o ganho de cada modalidade. O licenciamento nosso hoje tem, em alguns casos, um valor mínimo. Mas ele aumenta, de acordo com o sucesso do projeto. Também recebemos royalties sobre patrocínios e venda de camisas”, destacou.
Os ganhos do Cruzeiro são utilizados nas melhorias dos equipamentos do clube. Prova disso é que o clube vai sediar algumas partidas do próximo NBB no Ginásio do Barro Preto. “Estamos reformando o ginásio para receber jogos. Além disso, estamos conversando com a administração do Mineirinho para mandar os grandes jogos lá”.
O time de basquete também mandará jogos em Itatiaiuçu, cuja prefeitura é parceira do projeto.
Na última temporada, o Cruzeiro foi vice-campeão da divisão de acesso do NBB e conquistou a sonhada vaga na elite do basquete nacional.
Apesar do licenciamento, o Cruzeiro participa indiretamente da administração das modalidades. “Estamos atentos à repercussão da marca do Cruzeiro de uma forma geral e do desempenho esportivo, mas não estamos no dia a dia negociando jogadores, montando elenco, isso é uma prerrogativa do gestor esportivo”.
Nem todos os projetos esportivos fazem o sucesso estrondoso do vôlei. No futsal, o Cruzeiro viveu uma crise nesta temporada. Atrasos nos salários culminaram em rompimentos de contratos de jogadores e queda no desempenho do time em quadra. Hoje, a equipe é formada por jovens atletas.
O Cruzeiro está na antepenúltima colocação da Liga Nacional de Futsal (LNF), com seis pontos – duas vitórias em 21 jogos (9,5% de aproveitamento). A Raposa tem a pior defesa do campeonato, com 121 gols sofridos e apenas 38 marcados. O Atlântico lidera a LNF, com 50 pontos, mesma pontuação do Magnus e do Praia.
“Nesse caso, nós auxiliamos em todo processo de reestruturação do futsal”, afirmou Azevedo.
Em julho, o Cruzeiro lançou sua equipe de futebol de areia em parceria com a Sociedade Esportiva Goiabeiras (SEG) e o Clube Capixaba de Vitória. O time treina em Jardim Camburi, Vitória.
Já no futebol americano, o Cruzeiro fechou parceria com o Betim Bulldogs em 2021. O time celeste é o atual campeão do Gerais Bowl, mas é considerado a terceira força no estado, atrás do Locomotiva, atual campeão estadual, e do Galo FA.
Os três times disputam a Superliga Nacional de Futebol Americano, principal competição nacional. O torneio é dividido em oito chaves: Atlântico, Cerrado, Amazônia, Serra-mar, Canastra, Cantareira, Araucária e Pampa. O Cruzeiro está na Regional Canastra, ao lado de Guarulhos, Ocelots e Corinthians Steamrollers.
Já no futevôlei, o Cruzeiro disputa a Liga Nacional, ao lado de outros onze clubes: Botafogo, Atlético, Bahia, Santos, Sport, Corinthians, São Paulo, Vitória, Vasco, Grêmio e Goiás. O time celeste está na quarta posição, com nove pontos (três vitórias e uma derrota). O Fogão lidera, com 12.
Em relação ao atletismo, em 2024, o Cruzeiro retornou o recrutamento de atletas jovens, em parceria com o Instituto Palestra Itália. Se no passado o clube tinha tradição em patrocinar atletas em maratonas, agora o projeto tem como foco auxiliar no processo de formação de atletas.
No jiu-jítsu, o Cruzeiro foi vice-campeão no ano passado do BJJ Clubes. A equipe treinada por Sérvio Túlio foi batido pelo Botafogo por 5 a 2, na decisão.
A competição foi organizada por Dedé Pederneiras, que é um dos principais nomes de jiu-jítsu no Brasil. O Cruzeiro acredita que poderá anunciar novidades sobre esportes de lutas ainda nos próximos meses, com possível participação em um torneio de MMA.
A reportagem do No Ataque questionou o diretor de esportes do Cruzeiro, Thiago Azevedo, o motivo de quase todos os times serem do naipe masculino. De acordo com o dirigente, a escolha fica a cargo do investidor. Vale ressaltar que alguns esportes não contam com torneio profissionais de naipes femininos.
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