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Para Sérgio Coelho, presidente do Atlético, tanto a associação quanto todos os acionistas perderiam sem o fim da cláusula anti-diluição da Sociedade Anônima Futebolística (SAF) alvinegra.
O Conselho Deliberativo do clube aprovou em peso a “queda” do mecanismo nesta terça-feira (16/9), em reunião na Arena MRV. Dos 193 conselheiros presentes na reunião aptos a votar, 184 foram a favor e apenas nove deliberaram contra. Além disso, o clube foi liberado para ser fundador do Museu do Galo.
Em entrevista coletiva após a divulgação do resultado, Sérgio comemorou a queda da cláusula, assim como o empresário Rubens Menin, principal acionista da SAF alvinegra. Eles acreditam que, com a medida, será mais fácil captar novos investidores para o Atlético.
“Nós continuamos com os 25%, o Galo continua com os 25%. Só será diluído quando houver um investidor e fizer um aporte. Se demorar dois anos, três anos, o Galo continua com seus 25%. Quando houver um investidor para diminuir o percentual do Galo, proporcionalmente diminui o dos outros sócios. Não é só o Galo que perde, todos perdem”
Sérgio Coelho
A gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) terá mais liberdade para receber novos investimentos e modificar os percentuais sem depender de um novo aval da associação.
Agora, a associação só tem poder de voto em acordos que a deixe com menos de 10% da SAF. Nesse cenário, a SAF tem a opção de redistribuir os percentuais do clube desde que cumpra os seguintes pré-requisitos:
A oferta precisa ser de forma primária, via aumento de capital e emissão de novas ações. Além disso, o aporte tem que ser de pelo menos R$ 200 milhões por investidor.
A associação, de toda forma, permanece com alguns direitos. O clube segue com poder de veto à mudança de nome, hino, sede ou cores da SAF, entre outros temas.
Além disso, a associação mantém o direito de indicar dois dos sete a nove membros do Conselho de Administração – geralmente o presidente e o vice.
Caso o pedido seja aprovado pelos conselheiros, a SAF realizará a revisão e a reforma de cláusulas e documentos correlatos, tais como Acordo de Acionistas e Estatuto Social.
Havia, no Acordo de Acionistas, a seguinte ‘cláusula anti-diluição’:
Com altos juros devido à dívida de R$ 1,4 bilhão, o Atlético busca novos investidores para a SAF. O No Ataque soube que o Galo avalia que um aporte da ordem de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões seria o necessário para transformar significativamente a vida financeira da instituição.
Caso não encontre um novo parceiro, os atuais gestores podem fazer novos aportes. Se isso não ocorrer, o clube já admite nos bastidores que será necessário baixar a folha salarial do elenco e os custos com o futebol nos próximos anos.
De toda forma, a tendência neste momento é que a associação, que tem 25% da SAF alvinegra, seja diluída em caso de novo aporte. Conforme o Acordo de Acionistas, isso só pode ocorrer a partir de 1º de novembro deste ano.
“Até o 2º aniversário da data de assinatura do Acordo, a Galo Holding e os Acionistas Indiretos não poderão realizar, direta ou indiretamente, qualquer transferência de ações de emissão da SAF”, diz trecho do documento.
No entanto, com a aprovação do Conselho no dia 4 de agosto, a SAF pode retirar essa cláusula para acelerar o processo.
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