Responsável pela Arena Fonte Nova esclarece polêmica do gramado após Bahia x Palmeiras

Salvador, BA, 3 (AFI) – O estado do gramado da Arena Fonte Nova esquentou o clima entre Bahia e Palmeiras no Brasileirão. Após a vitória do Tricolor por 1 a 0 no último domingo, as condições do campo foram colocadas em xeque, com críticas e até troca de farpas entre os técnicos das equipes.

A arbitragem, comandada por Anderson Daronco, relatou na súmula que o gramado apresentava imperfeições e uso de tinta verde para corrigir falhas visuais. Apesar disso, a responsável pela operação da Arena, Milena Andrade, garantiu que o piso estará pronto para o duelo entre Bahia e Flamengo neste domingo, afirmando que todos os parâmetros técnicos estão sendo respeitados.

GRAMADO DA ARENA

Segundo Milena, a coloração diferente do gramado é resultado de uma manutenção programada, sem impacto nos critérios técnicos de qualidade.

“A qualidade do gramado, tecnicamente, permanece inalterada. Todos os parâmetros estão sendo respeitados. Visualmente, a gente não tem o verde usual, mas logo em breve vamos ter esse verde novamente”, explicou.

Ela destacou que a cor deve voltar ao padrão durante o mês, aproveitando a pausa para a Data Fifa. O uso de corante esportivo, segundo Milena, é comum em gramados profissionais, nacionais ou internacionais, e pode ser utilizado sempre que necessário para manter a aparência adequada.

DIVERGÊNCIAS

Em campo, o Palmeiras perdeu por 1 a 0 para o Bahia e viu dois jogadores saírem machucados ainda no primeiro tempo. O técnico Abel Ferreira criticou o gramado, relacionando as lesões e o desempenho ao piso:

“É difícil, você não está preparado para este tipo de situação, não está preparado para jogar num campo com um gramado… Estamos falando de futebol de alto nível, futebol profissional, isto devia ser inadmissível. As lesões surgem pelas condições do gramado porque o pé fica preso, infelizmente”.

O comandante do Bahia, Rogério Ceni, também admitiu que o campo não estava ideal, mas rebateu as críticas do rival, apontando que o estilo de jogo do Palmeiras se adapta melhor ao piso ruim:

“Acho que a cor estava muito feia. Para o Palmeiras, é melhor gramado ruim porque só fazem ligação direta, quase. A característica de jogo deles é Weverton-Flaco-Vitor Roque. A gente prejudica mais porque joga desde trás do chão. Também gostaríamos que o gramado tivesse em melhor condição, mas acho que atrapalhou mais para nós. Sobre lesão, me desculpa, mas para quem joga em gramado sintético reclamar de lesão em gramado natural, aí fica feio”.

As palavras de Ceni ainda renderam resposta do diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, que considerou a fala do treinador baiano uma “questão ética complicada” e sugeriu que ele repensasse a declaração.

ELENCO DO PALMEIRAS SE REAPRESENTA DE OLHO NO CHOQUE-REI