São Paulo fecha semestre no vermelho e dívida se aproxima de R$ 1 bi

São Paulo fecha semestre no vermelho e dívida se aproxima de R$ 1 bi

2 minutos 03/09/2025

São Paulo, SP, 3 (AFI) – O São Paulo encerrou o primeiro semestre de 2025 com um cenário preocupante: déficit de R$ 31,8 milhões e previsão de fechar o ano com dívida próxima a R$ 1 bilhão. Um relatório da comissão financeira do Conselho Deliberativo aponta que, mesmo com vendas acima do esperado, o Tricolor pode terminar a temporada com déficit de R$ 48,6 milhões. Caso não venda jogadores, o prejuízo pode chegar a R$ 118,6 milhões.

O orçamento aprovado em 2024 projetava superávit de R$ 44,8 milhões, mas as despesas superaram em R$ 54 milhões o planejado para o primeiro semestre. O Morumbis dobrou seus custos, e a folha salarial mensal do elenco atingiu R$ 28,3 milhões, incluindo o futebol de base, que extrapolou em 22% os gastos nos últimos três meses do semestre.

RELATÓRIO FINANCEIRO SÃO PAULO

Apesar do aperto, as receitas também surpreenderam positivamente: foram R$ 424 milhões arrecadados, R$ 66 milhões acima do previsto. As vendas de atletas foram destaque, com R$ 107,28 milhões arrecadados graças às negociações de William Gomes, Ângelo e outros direitos econômicos. O relatório destaca que o “excedente de venda de atletas compensou baixa bilheteria e menores direitos de transmissão”.

Para o segundo semestre, o orçamento previa R$ 210 milhões em vendas, mas a comissão sugere buscar ao menos mais R$ 120 milhões. O clube já garantiu R$ 75 milhões com as saídas de Lucas Ferreira e Matheus Alves nesse período. Em contrapartida, o clube social gastou 15% além do projetado e a base, 25% acima do esperado.

FUNDO DE INVESTIMENTO COTIA

O rombo financeiro levou a comissão a sugerir medidas como recuperação judicial, reestruturação de dívidas e reforço nas vendas de atletas. Para aliviar a pressão, o Conselho de Administração aprovou a criação de um fundo de investimento em parceria com a Galapagos, buscando captar pelo menos R$ 250 milhões. Desse valor, R$ 50 milhões serão usados para abater dívidas, enquanto o restante vai para as categorias de base, em três parcelas.

Ainda falta a aprovação do Conselho Deliberativo para o novo fundo, mas a expectativa é de que a iniciativa ajude o São Paulo a driblar a crise e fortalecer a base, que segue como uma das apostas do clube para equilibrar o jogo financeiro em 2025.

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