São Paulo reduz dívidas e mira estabilidade financeira no FIDC

São Paulo reduz dívidas e mira estabilidade financeira no FIDC

3 minutos 27/10/2025

São Paulo, SP, 27 (AFI) – O São Paulo completou um ano da operação do FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) e já colhe frutos fora das quatro linhas.

O clube conseguiu reduzir em R$ 56 milhões o total de dívidas, especialmente as bancárias, baixando o saldo negativo de R$ 968 milhões para R$ 912 milhões. A expectativa é que, até o início de 2026, a dívida fique abaixo dos R$ 900 milhões.

O movimento é resultado de uma estratégia traçada pela diretoria, que, com apoio de especialistas, apostou no FIDC para reforçar o caixa e reordenar a casa.

“Tenho confiança de que, quando o resultado de 2025 for reportado, a dívida estará abaixo de R$ 900 milhões, acredito que na casa de R$ 800 milhões, com um movimento importante nessa direção”, afirmou o gestor responsável pelo fundo.

O FIDC foi estruturado para captar R$ 240 milhões e exige do São Paulo uma série de compromissos: teto de investimento em futebol de R$ 350 milhões ou 50% da receita bruta anual, limite de R$ 25 milhões para salários da administração e proibição de novas dívidas acima de R$ 10 milhões por trimestre sem aprovação do fundo. Além disso, o clube precisa apresentar superávit anual a partir de 2025.

DÍVIDA DO SÃO PAULO

Com as novas regras, o Tricolor foi obrigado a enxugar o elenco, negociar atletas e controlar o caixa. O clube investiu R$ 470 milhões em futebol no último ano, mas a meta é encerrar 2025 abaixo do teto fixado. Para os gestores, eventuais estouros pequenos podem ser tolerados, mas passar muito desse limite não será aceito.

O modelo também trouxe mudanças na rotina administrativa. O clube agora participa de reuniões mensais com o comitê do fundo e precisa aprovar antecipadamente qualquer operação financeira relevante.

Até o momento, R$ 135 milhões já foram injetados no caixa, e outros R$ 105 milhões serão liberados à medida que novos recebíveis forem apresentados.

FUTURO DO TRICOLOR

O perfil dos investidores do FIDC é composto por instituições do mercado financeiro, atuando com operações semelhantes em outros setores.

O dinheiro captado está sendo usado para abater dívidas e parte já foi devolvida aos investidores, conforme cronograma firmado previamente.

A expectativa no Morumbi é de que, ao final dos quatro anos e meio do fundo, o clube alcance uma situação muito mais estável. O objetivo é garantir um São Paulo mais competitivo, pronto para reinvestir no futebol e disputar de igual para igual com gigantes como Palmeiras e Flamengo.

O FIDC, aprovado em conselho, não depende apenas da atual gestão e seguirá até o fim do prazo, salvo exceções previstas em contrato.

A diretoria entende que o processo de reestruturação exige paciência da torcida, mas reforça que o caminho adotado é de longo prazo. O clube busca voltar ao topo também fora do campo, mostrando responsabilidade financeira para manter-se forte no cenário nacional.

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