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Em meio ao mau momento, o Atlético tem um compromisso decisivo nesta quarta-feira (17/9): em jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana, o Galo medirá forças com o Bolívar, da Bolívia. A primeira partida entre as equipes reserva desafios ao time alvinegro, que terá de superar barreiras para abrir vantagem na eliminatória fora de casa.
O Atlético atravessa crise técnica e busca recuperação sob o comando do técnico Jorge Sampaoli. Já são cinco jogos sem vitórias, com quatro derrotas consecutivas e um empate neste recorte recente.
No último domingo (14/9), o Galo cedeu empate ao Santos (1 a 1) na Arena MRV, em Belo Horizonte, pela 23ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. A equipe não soube aproveitar do fato de ter atuado com um atleta a mais durante praticamente todo o segundo tempo da partida.
Agora, o Atlético vira a chave para as quartas de final da Sul-Americana – última possibilidade de título na temporada. A competição é tida por diversos torcedores alvinegros como um caminho mais acessível para que o clube retorne à Copa Libertadores em 2026.
Diante do Bolívar, o Atlético terá questões importantes a superar para sair vitorioso – desde as limitações físicas que o cenário do confronto deve impor aos jogadores até o momento do adversário. Veja-as a seguir.
Inaugurado em 1930, o Estádio Hernando Siles é o mais popular da Bolívia e tem capacidade para cerca de 42 mil torcedores. Grandes do país, Bolívar e The Strongest mandam seus jogos no local.
O Hernando Siles foi construído a cerca de 3.637 metros do nível do mar e é o sétimo estádio de maior altitude no mundo. A condição contribui para diminuição do oxigênio no ar e costuma causar sintomas como fadiga e dor de cabeça nos atletas.
O ar rarefeito afeta naturalmente o rendimento físico dos jogadores que não estão acostumados a jogar neste nível de altitude. Além disso, também pode contribuir para mudanças significativas na trajetória e na velocidade da bola, normalmente favorecendo a variação e a força de chutes de longa distância.
Com exceção da campanha na Copa Libertadores, o Bolívar de 2025 é um time que sofre poucos gols. Prova disso é que, até então, os Celestes não foram vazados na Copa Sul-Americana.
Nos playoffs, foram duas goleadas sobre o Palestino-CHI (3 a 0). Posteriormente, nas oitavas de final, outras duas vitórias de mesmo placar, sem maiores dificuldades, sobre o Cienciano-PER (2 a 0) – que empatou duas vezes com o Atlético na fase de grupos da competição.
A solidez defensiva tem sido fator importante para o Bolívar também no Campeonato Boliviano. A equipe ocupa a terceira colocação na tabela de classificação e é a que menos sofre gols na competição (21 em 19 partidas).
A última derrota do Bolívar ocorreu há mais de um mês, em 2 de agosto. Na ocasião, pela 13ª rodada do Campeonato Boliviano, o time foi derrotado pelo Real Oruro, por 3 a 1, no Estádio Jesús Bermúdez, em Oruro.
De lá para cá, os Celestes somaram seis vitórias e dois empates em oito jogos. Neste recorte recente, foram 17 gols marcados e apenas três sofridos.
Bolívar e Atlético medirão forças a partir das 19h desta quarta-feira. O duelo de volta será disputado no mesmo horário na quarta-feira seguinte (24/9), na Arena MRV.
O Bolívar não tem títulos continentais na galeria de troféus. Já o Galo ostenta duas Copas Conmebol (1992 e 1997), uma Copa Libertadores (2013) e uma Recopa Sul-Americana (2014).
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