Vasco pede aval judicial para empréstimo de R$ 80 milhões na SAF

Vasco pede aval judicial para empréstimo de R$ 80 milhões na SAF

2 minutos 23/09/2025

Rio de Janeiro, RJ, 23 (AFI) – O Vasco oficializou pedido à Justiça para contratar um empréstimo de até R$ 80 milhões, em meio ao processo de recuperação judicial. A solicitação foi feita à 4ª Vara Empresarial, com o objetivo de reforçar o caixa para despesas essenciais, como salários e fornecedores, sem recorrer à venda de jovens atletas como o atacante Rayan, um dos destaques da temporada.

O clube explicou que o fluxo de caixa da SAF foi abalado por dívidas herdadas da gestão anterior e que o financiamento é fundamental para manter o equilíbrio financeiro sem sacrificar ativos estratégicos. A diretoria fez questão de destacar que, diferentemente de anos anteriores, trabalha para preservar seus principais talentos.

Rayan Vasco 2025
Com reforço de caixa, Vasco tenta manter Rayan. (Foto: Reprodução/Instagram/@rayann10)

VASCO, SAF E EMPRÉSTIMO

Como garantia do empréstimo, o Vasco ofereceu 20 mil ações ordinárias de classe A, equivalentes a 20% do capital social da SAF, atualmente sob posse do clube associativo. Essas ações fazem parte do patrimônio do clube e só poderão ser movimentadas com autorização judicial. A escolha dessa garantia, segundo o departamento jurídico, visa não afetar receitas futuras como direitos de transmissão e patrocínios.

O acordo prevê carência de 12 meses, quitação em até três anos, juros fixos de 7% ao ano mais correção pelo CDI. O processo foi estruturado com consultoria especializada e, segundo o clube, não compromete as principais fontes de renda. No pedido, o Vasco ressaltou que “a urgência e a essencialidade da medida foram reconhecidas tanto pelo juízo da recuperação, ao condicionar sua deliberação ao julgamento do agravo da 777 Carioca LLC (já superado), quanto pelo Administrador Judicial, que acompanha de perto a situação econômico-financeira das Recuperandas”.

DISPUTA POR AÇÕES NA JUSTIÇA

Atualmente, a SAF vascaína tem 31% do capital integralizado por investidores estrangeiros, 30% pertencentes ao clube associativo e 39% em disputa arbitral. Dos 30% do Vasco, 10% estão penhorados por decisão judicial devido a uma cobrança de honorários de escritório de advocacia, enquanto os 20% restantes servem de garantia no novo empréstimo, mas ainda pertencem ao clube.

O clube associativo reforça que esses 20% já haviam sido comprometidos por gestões anteriores para cobrir dívidas ocultas, mas, com a mudança de cenário, voltaram a ficar disponíveis. O entendimento interno é que a decisão sobre o empréstimo cabe agora à Justiça, enquanto a defesa do clube argumenta que a penhora dos 10% é contestada e que a Lei da SAF impede a comercialização dessas ações.

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