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Rio de Janeiro, RJ, 17 (AFI) – O Vasco garantiu vaga nas semifinais da Copa do Brasil, mas ainda não consegue embalar no Brasileirão Série A. Sob o comando de Fernando Diniz, o time saiu da zona de rebaixamento, mas permanece perto do Z-4 e apresenta aproveitamento modesto na competição nacional.
Nas oito primeiras rodadas, o Vasco conquistou apenas sete pontos, somando 29% de aproveitamento. Desde a chegada de Diniz, o aproveitamento subiu para 38%, com 16 pontos em 42 disputados. Apesar da leve melhora, o Gigante da Colina segue apenas um ponto acima do 17º colocado.
Mesmo atuando melhor, os resultados positivos não aparecem. A torcida questiona: por que o Vasco continua patinando no campeonato?
O São Januário, que já foi trunfo do Vasco em outros anos, agora virou dor de cabeça. O time não vence em casa pelo Brasileirão há 123 dias, acumulando o segundo maior jejum da era dos pontos corridos. A última vitória foi um 3 a 0 sobre o Fortaleza, em maio, único triunfo de Diniz no torneio como mandante.
Depois disso, vieram derrotas para Bragantino e Corinthians e empates diante de Grêmio, Atlético-MG e Ceará. Fora de casa, o Vasco também tropeçou, como na derrota para o Botafogo, em duelo realizado no Mané Garrincha.
As chances criadas não se convertem em gols. Contra o Bragantino, foram 20 finalizações, mas apenas três no alvo, terminando em derrota por 2 a 0. Diante do Grêmio, a equipe finalizou 28 vezes, mas empatou. No confronto com o Internacional, abriu o placar, mas perdeu a vantagem após expulsão de Léo Jardim.
A defesa segue exposta. Em 14 partidas sob Diniz, o Vasco levou 22 gols, média acima dos anos anteriores. Em 2023, foram 51 gols sofridos em 38 jogos; em 2024, 56 gols em 38 partidas.
Outro calcanhar de Aquiles são os erros individuais. O Vasco lidera em falhas que resultaram em gols adversários nesta edição do Brasileirão, totalizando nove. Só contra o Ceará, Paulo Henrique e Mateus Carvalho cometeram equívocos que custaram pontos importantes, algo que já havia ocorrido diante de Mirassol e Internacional. Sete pontos escaparam nessas ocasiões.
Para completar o cenário, desfalques frequentes têm atrapalhado. Diniz perdeu Adson e Jair por lesão para o restante do ano, e Lucas Piton e Tchê Tchê seguem no departamento médico. O time também passou por mudanças com a saída de jogadores na janela de transferências, obrigando improvisos, como Hugo Moura na zaga ao lado de Lucas Freitas, até as chegadas de Carlos Cuesta e Robert Renan.
Com tantas adversidades, o Vasco mantém a luta para se afastar do Z-4 e buscar estabilidade no Brasileirão, sem perder o foco na Copa do Brasil.
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